sábado, 25 de novembro de 2017

Positivando o aquecimento global natural. Devemos mesmo celebrar o aumento do CO2?

Christian Sakaki  
Qual a primeira imagem que vem na nossa mente quando se fala em “aquecimento global”? Certamente a imagem de alguma catástrofe ou outra coisa ruim parecida. Mas, e se a realidade fosse outra? Será que um aquecimento global, seja este normal ou de origem antropogênica, seria mesmo catastrófico para os humanos ou até mesmo para o planeta em geral? É o que vai ser discutido neste artigo, que será baseado em documentários e artigos disponíveis na Internet e no YouTube (YT), e principalmente os que foram feitos pelo Dr. Patrick Moore que descrevem de maneira compreensível os diferentes ciclos do carbono na Terra, e de como tudo indicaria que um aumento do CO2 na atmosfera seria muito benéfico não apenas para os seres humanos, mas para todas as formas de vida na Terra. E no final deste artigo, será debatido se devemos mesmo celebrar o aumento do CO2.

Aqui estão os links para os principais documentários utilizados neste post:

O Ecologista Sensato: A Verdade Sobre o CO2

2015 GWPF Leitura Anual pelo Dr. Patrick Moore: – ‘Devemos celebrar o CO2?’ 


Acidificação dos oceanos – Os Fatos – Dr. Patrick Moore 

E este curto vídeo dá um excelente resumo de todo este auê em torno do AGA: O Quê Nunca Nos Disseram Em Relação as Mudanças Climáticas

Antes de entrarmos no vivo desta discussão, é recomendável de rememorar alguns pontos importantes já abordados em outros assuntos deste blog e resumidos aqui abaixo:

O Aquecimento Global Antropogênico (ou AGA) é um falso problema criado afim de causar um estado de pânico e urgência na população mundial, requerendo desta forma a implementação de falsas soluções e medidas drásticas que serão financiadas pelo povo sob a forma de novos impostos e taxas, além das multas faraônicas que serão aplicadas aos países que não atingirão suas metas na redução de emissões de CO2. Enquanto que pouca importância será dada aos reais e atuais problemas que a humanidade tem que resolver, tais como a poluição e o desperdício, da gestão e repartição dos recursos naturais e a pobreza;

A maioria dos fenômenos climáticos causadores de catástrofes como ciclones e furacões ocorrem quando a massa de ar frio dos polos entra em contato com a massa de ar quente das zonas tropicais, e quanto maior for a diferença de temperatura entre estas massas de ar, maior será a extensão e a força do fenômeno climático decorrente. O que quer dizer que, teoricamente, o aquecimento global diminuiria esta diferença de temperatura entre as massas de ar dos polos e das zonas tropicais, o que também reduziria a extensão e a força dos ciclones e furacões;

A temperatura não é o fator mais importante nos episódios de chuvas torrenciais e tempestades. A temperatura pode aumentar a evaporação e em consequência a quantidade de água no ar, mas outros fatores climáticos devem ser considerados na condensação, formação de nuvens de chuva e precipitações. A medida da temperatura nunca pode ser usada para se prever o tempo ou fazer um pouco de meteorologia. Vale lembrar que o instrumento usado em climatologia é o barômetro que mede a pressão atmosférica, e em função desta medida, dá para prever se vai ser um dia ensolarado (altas pressões) ou chuvoso (baixas pressões);

Um clima frio é muito mais perigoso e inhospitaleiro que um clima mais quente. Se não fosse o caso, a biodiversidade deveria ser repartida de forma equilibrada no planeta, porém se constata que a biodiversidade é muito maior nas zonas tropicais que nas zonas subtropicais, e imensamente maior comparada as zonas polares;

 
Durante os últimos 10.000 anos, os períodos de aquecimento global correspondem aos períodos de maior prosperidade para a humanidade, enquanto que os períodos mais frios correspondem a momentos mais difíceis com muitos episódios de fome, colheitas magras, e o êxodo e migrações de populações inteiras. Notem estes fatos nos gráficos abaixo onde cada pico de temperatura corresponde a um momento de crescimento de alguma grande civilização enquanto que quando as temperaturas abaixam, isto corresponde ao declínio destas mesmas ou de outras civilizações;
 
 


O gás carbônico ou CO2 não é um poluente. Muito pelo contrário, sem CO2 não existiria a vida tal conhecemos neste planeta. A vida tal conhecemos é baseada no carbono, e as plantas precisam de CO2 como substrato principal na fotossíntese da molécula de glicose que é o carboidrato de base. Para os vegetais, o CO2 é tão importante que a água, sem este gás pode-se regar e adubar o quanto quiser, porém nada vai crescer;

As plantas constituem a base alimentar de todos os animais, quer seja diretamente ou indiretamente, e sem CO2 as plantas não teriam como sintetizar os carboidratos. Carboidrato ou hidrato de carbono quer dizer “carbono + água”, ou 6 CO2 + 6 H2O –> C6H12O6 (glicose) + 6 O2 que é a equação bioquímica básica da fotossíntese . O que quer dizer que os animais também dependem dos vegetais para terem o oxigênio (O2) essencial a nossa respiração;

Todas as atividades humanas que geram CO2, incluindo a própria respiração, contribuem por volta dos 3% de todo o CO2 da atmosfera, isto incluindo também os excedentes de CO2 gerados desde o começo da revolução industrial e não absorvidos pelos “poços de CO2”;


A superpopulação e esgotamento dos recursos do planeta são falsos problemas pois já fazem décadas que a Terra produz alimentos suficientes para 10 bilhões de pessoas, o real problema está na má distribuição dos recursos, e da pobreza e falta de dinheiro para comprar alimentos. Já fazem alguns anos que a população apresentando um excesso de peso superou de muitos milhões a população apresentando uma carência alimentar. Atualmente por volta de 1.9 bilhões de pessoas no mundo se encontram com excesso de peso corporal, enquanto que um pouco menos de 1 bilhão de pessoas apresentam uma carência alimentar. Aqui tem um comunicado da OMS sobre o assunto: Obesity and Overweight Fact Sheet

Um excesso de peso corporal não significa abundância, desenvolvimento e diminuição da pobreza nas populações mundiais. Uma grande parte das pessoas apresentando excesso de peso faz parte de populações pobres, as quais só tem acesso a uma alimentação de baixo custo e hipercalórica. Estas pessoas não morrem mais de fome, mas continuam a ter uma qualidade de vida muito baixa visto que o excesso de peso e obesidade são fatores de alta morbidade, aumentando drasticamente os riscos de doenças tais como o diabete e doenças cardiovasculares.

A verdade em relação ao dióxido de carbono ou CO2
A única verdade praticamente incontestável sobre o CO2 é que, sem ele, a Terra seria um “planeta morto”, sem vida, isto porque as plantas “respiram” o CO2 do mesmo jeito que nos respiramos o O2, e que sem CO2 na atmosfera todas as plantas começariam a morrer, e morreriam todos os animais em seguida por falta de alimentos. O CO2 é o único elemento essencial as plantas que não pode ser obtido desde o solo, pelas raízes. Este mesmo CO2 se encontra em pequenas quantidades na atmosfera, quantidades tão pequenas que as plantas tem que otimizar a maneira a qual conseguem captar tal elemento desde a atmosfera, e conseguem fazer isto criando superfícies de contato enormes que são as folhas. A primeira explicação em biologia para tal superfície de folhas foi que isto aumentaria a superfície exposta a luz do sol, o que é apenas uma “meia-verdade”. Efetivamente, as folhas favorecem a exposição a luz, porém a fotossíntese não necessita de uma luz muito intensa para que esta ocorra. Mas tal superfície favorece muito mais a captação do CO2 relativamente escasso do ar. Rememorando, a atual concentração de CO2 na atmosfera é de 400ppm, ou seja, 0.04%, enquanto que é estimado que a concentração deste gás era em torno de 2’000ppm quando apareceram os primeiros organismos capazes de fazer a fotossíntese.

Fatos em relação ao CO2
Uma boa maneira de permanecer factual em relação ao CO2 e não cair na ficção, que é o que nos é apresentado pela mídia, é ver ou pelo menos se ter uma ideia de como as coisas foram ou aconteceram aqui na Terra desde que existe vida neste planeta, e aqui se tem um gráfico mostrando a evolução da temperatura e do CO2 durante estes milhões de anos:


O primeiro “detalhe” a se notar é que não existe correlação entre a temperatura e a concentração de CO2, o que constitui um primeiro desconforto para os aquecimentistas e o IPCC que continuam a afirmar que a temperatura é dependente da concentração de CO2 na atmosfera. Estes mesmos aquecimentistas que afirmam que o homem vai ser o responsável pelo que chamam de “a sexta grande extinção das espécies”.

Notem no gráfico acima o período entre -290 a -245 milhões de anos atrás que corresponde ao período chamado de “permiano”. Neste período, a concentração de CO2 nunca esteve tão baixa, estimada a uns 200ppm em média, o que é próximo do limite de sobrevivência dos vegetais, este estimado a 150ppm, nível o qual se considera que a fotossíntese não ocorre mais. Por outro lado, a temperatura não está tão baixa assim, pelo contrário, esquenta bastante até o final deste período. Mas o grande fato a se notar é que foi justamente neste período que ocorreu a maior extinção de espécies que a Terra já conheceu, na qual se estima que 90 a 96% das espécies desapareceram. Esta foi a terceira grande extinção de espécies, mas a primeira em importância.

Uma das explicações mais plausíveis para esta queda extrema da concentração do CO2 é a evolução das plantas ditas “lenhosas” e a formação de gigantescas florestas em praticamente toda a Terra, o que acarretou a fixação massiva do CO2 na forma de madeira (celulose).

Neste época não existiam organismos capazes de digerir a celulose e liberar o CO2 afim de perpetuar o ciclo deste gás, e a consequência principal foi a acumulação de árvores mortas e a formação de depósitos de carvão em praticamente todas as regiões do mundo. Esta falta de CO2 na atmosfera poderia ter acabado com a vida na Terra por falta de matéria prima (entenda-se, falta de CO2!) para regenerar os próprios vegetais e alimentar os animais. A vida neste planeta foi salva pelo aparecimento dos primeiros fungos capazes de digerir a celulose dos vegetais lenhosos e de liberar o CO2 por novos processos bioquímicos e enzimáticos. Isto ocorreu no período chamado de “triássico” e este aumento da concentração do CO2 atmosférico permitiu a retomada e prosperidade da vida na Terra até a próxima grande extinção que ocorreu na saída do período triássico por volta de -210 milhões de anos.

Recomendo a visualização do sketch do George Carlin no qual ele aborda com muito humor a hipocrisia dos ambientalistas, se ainda não assistiram, assistam ou re-assistam, pois vale a pena: A hipocrisia dos ambientalistas – George Carlin. Durante este sketch o George se pergunta se a Terra não permitiu a evolução da humanidade apenas porque queria ter mais plástico para ela, isto porque o ser humano é o único que consegue produzir tal matéria. Isto podendo ser a resposta para a questão existencial sobre porque estamos aqui? – Pelo plástico, idiotas! Evidentemente isto é humor, porém esta colocação não está tão errada assim, e a pergunta seguinte seria: E se a função primária da humanidade neste planeta fosse sua capacidade de gerar e desbloquear CO2 de maneira mais consequente que as outras espécies e formas de vida?


Nos gráficos acima, há de se notar que a concentração de CO2 atmosférico atual é bem similar a concentração deste gás no período permiano, o que quer dizer que os vegetais encontram-se mais uma vez num certo “modo de sobrevivência”. Uma classe de animais que muito prosperou é a dos insetos, outros grandes consumidores de matéria orgânica e geradores de CO2 na natureza. Os insetos foram de alguma forma “selecionados naturalmente”, talvez por esta capacidade de repor o CO2 em circulação promovendo ativamente a regeneração dos vegetais. Fazendo um paralelo com o ser humano, será que esta capacidade de usar e desbloquear reservas de carbono não seria um fator principal na “seleção natural” da humanidade nestes últimos 10’000 anos? Recentes estudos demonstram que o planeta está entre 10 a 15% mais verde hoje do que nos anos 80. A concentração de CO2 nos anos 80 era por volta dos 350ppm, enquanto que a concentração atual é por volta dos 400ppm. Existiria então certa simbiose entre o reino vegetal e os homens, cada um tirando proveito desta colaboração.

Surpreso por nunca ter escutado algo sobre tal fato? Surpreso por nunca ter visto tal artigo mostrado na grande mídia? A realidade é que boas notícias não dá ibope, e também não permite se ganhar muita grana com falsas soluções para falsos problemas, como é o caso do AGA.

Tradução:
Repórter: – Estou aqui entrevistando o Planeta Terra hoje. Oi, como vai?
Terra: – Oi...
Repórter: – Aparentemente você enverdeceu um bocado recentemente. Como isto aconteceu?
Terra: – Sim, tudo é por conta deste CO2 a mais!
Repórter: – CO2? Mas, mas, isto é muito mal com certeza?
Terra: – Não! Isto é comida para toda minha vegetação! Eu amo o CO2!
Repórter: – Corta, corta! Nós não podemos usar isto!!
Terra: – Mas eu pensei que vocês queriam um planeta mais verde…


Tal é a realidade de hoje. Dizer na TV que as coisas vão bem ou melhoraram não dá lucro, por outro lado, mostrar um furacão destruindo tudo e poder colocar a culpa no aquecimento global sem nenhum evidência comprovada pode levar a bons contratos muito lucrativos!

Enfim, este pequeno aumento na concentração de CO2 ocorrido nestas últimas décadas permitiu um crescimento de mais de 10% dos vegetais, mas o que é que a humanidade ganha realmente com isto se estamos mesmo numa relação do tipo simbiose?

Mais CO2 no ar é sinônimo de mais comida
Rememorando a base da fotossíntese:

Luz
6 CO2 + 6 H2O → C6H12O6 + 6 O2

Clorofila
Onde 6 moléculas de CO2 e 6 moléculas de água, pela ação da clorofila e tendo a luz como fonte de energia, se combinam para produzir uma molécula de glicose e liberar 6 moléculas de oxigênio. A glicose, que é um monossacarídeo, é o açúcar de base na produção de energia, quer seja para os vegetais ou os animais (ou até mesmo os micro-organismos). Esta molécula de base poderá ser utilizada como fonte de energia em inúmeras outras biotransformações ou biossínteses necessárias para a vida. Mas pode também ser “condensada” na forma de outros açúcares ou carboidratos, os exemplos mais clássicos de tal condensação é a sacarose, o amido e a celulose.

1. O que é a sacarose, ou o açúcar de cana? A sacarose é apenas um “dissacarídeo” constituído por uma molécula de glicose e uma molécula de frutose, esta sendo apenas um isômero da glicose (mesma formula química, mas configurações químicas diferentes)
 


1 C6H12O6 + 1 C6H12O6 → (C6H12O6)2

Glicose Frutose Sacarose

2. O que é o amido? O amido é um polissacarídeo ou carboidrato mais complexo obtido pela condensação de milhares de moléculas de glucose:  

n C6H12O6 → (C6H12O5)n
Glicose Amido (ligação tipo α [1 → 4])

Este carboidrato é a base da alimentação do homem pois está presente em todos os cereais, tubérculos como a batata, grãos de leguminosas como o feijão, e em várias frutas. O amido é considerado como um carboidrato de digestão difícil, e é portanto chamado de “açúcar lento”. Porém a maioria dos animais consegue digerir este carboidrato e utilizá-lo como fonte de energia, o que não é o caso da celulose.

3. O que é a celulose?
Como o amido, a celulose é um polissacarídeo obtido pela condensação de milhares de moléculas de glicose, a grande diferença entre estes carboidratos é de como as moléculas de glicose são ligadas entre si:

  
n C6H12O6 → (C6H12O5)n Glicose Celulose (ligação tipo β [1 → 4])

No amido as moléculas de glicose usam ligações do tipo α [1 → 4], enquanto que na celulose são ligações do tipo β [1 → 4]. Isto é um “detalhe” químico essencial pois dá a celulose uma estabilidade estrutural enorme, o que não possibilita sua digestão pela maioria dos animais. Apenas os ruminantes conseguem digerir este carboidrato e usá-lo como fonte de energia. A celulose não pode ser usada como fonte de energia básica para o ser humano, porém vale lembrar que a celulose é o elemento principal da madeira, e esta tem inúmeros usos nas nossas vidas, incluindo como fonte de energia pela sua combustão.

Se o CO2 viesse a desaparecer da atmosfera, todos os vegetais desapareceriam, e os animais em seguida, incluindo o homem. Tudo que serve de alimento para os animais neste planeta, quer seja açúcares, gorduras ou proteínas, já foi CO2 na atmosfera, e por várias vezes durante o ciclo do carbono.

Numa época onde muita gente ainda morre de fome neste planeta, ter mais alimentos a disposição só pode ser benéfico a humanidade.

Mais CO2 no ar é sinônimo de mais matéria prima
A madeira é uma matéria prima nobre, a qual pode ser utilizada de inúmeras maneiras e para diversos fins, além de ser renovável. Nem é preciso lembrar de como esta matéria prima é importante para nós. Sem falar que a madeira é também um excelente combustível e que pode originar outros combustíveis tais como o metanol, obtido pela destilação da madeira.

O homem, pela sua capacidade de desbloquear e usar o carbono contido nos combustíveis, ajuda a renovação natural dos vegetais apenas adicionando o elemento principal necessário aos vegetais para crescerem, e isto sem o uso de adubos químicos, o CO2 junto com a água sendo os materiais de base e os “fertilizantes” essenciais nisto tudo.


Há precariedade em muitas populações neste mundo, e uma maior disponibilidade de matéria prima como a madeira não é de se recusar!

A matéria prima vegetal, ou ainda a biomassa, pode servir de combustível de diversas formas. O açúcar de cana pode ser fermentado e destilado em etanol, os óleos vegetais podem ser usados como combustíveis em certos motores, e até o bagaço de origem vegetal pode ser queimado diretamente para aquecer moradias, por exemplo.

O homem não apenas desbloqueia o CO2 contido nos combustíveis, mas também consegue desbloquear grandes quantidades de CO2 contido nas rochas ditas calcárias, durante a fabricação do cimento. As rochas calcárias são compostas em grande parte pelo carbonato de cálcio (CaCO3) e outros carbonatos insolúveis de origem orgânica. Como foi visto acima, a fixação massiva do carbono pelos vegetais lenhosos foi provavelmente um fator preponderante na maior extinção de espécies ocorrida no período permiano. Porém, outro fator pode também ter favorecido esta diminuição drástica do CO2 atmosférico, este fator foi a enorme prosperidade de animais marinhos apresentando a capacidade de fixar o CO2 na forma de carbonato de cálcio durante a fabricação de suas carapaças e “conchas” protetoras. Fazem parte destes animais os corais e moluscos que começaram a evoluir desde o período cambriano. As carapaças e conchas destes animais se acumularam na forma de rochas sedimentares durante milhões de anos e acabaram formando a maioria das rochas calcárias.
  


A quantidade de CO2 “sequestrado” na forma de rochas calcárias é gigantesca, e até nossos dias, não há organismo neste planeta capaz de decompor significantemente tais rochas e de liberar o CO2 contido nestas, a exceção sendo o homem que consegue utilizar estas rochas calcárias como matéria prima para a fabricação do cimento necessário na construção de nossas moradias. Um dos elementos fundamentais necessário na fabricação do cimento é o óxido de cálcio (CaO), também chamado de “cal viva”, este podendo ser obtido pela decomposição térmica do calcário ou carbonato de cálcio segundo a reação: 



CaCO3 → CaO + CO2 
calor

A produção de cimento representa uma parte considerável do CO2 de origem antropogênica, porém isto permanece muito abaixo do CO2 liberado pela combustão de outras matérias orgânicas. Mas o caso é que, mais uma vez, fica claro que o papel do homem neste planeta está mais próximo de uma relação de tipo simbiose com o reino vegetal do que a do tipo “parasita” como pretendem os aquecimentistas e outros ambientalistas.

O CO2 e a mentira da acidificação dos oceanos
Durante as aulas de química de segundo grau nos é ensinado que existem ácidos fortes e bases fortes, assim como ácidos fracos e bases fracas, e que as reações entre ácidos e bases formam o que chamamos de “sais”. Exemplo clássico: o ácido clorídrico (que é um ácido forte) reage com o hidróxido de sódio (que é uma base forte) para formar o sal NaCl (sal de cozinha comum) e liberar uma molécula de água segundo a reação:
                                      HCl + NaOH → NaCl + H2O

Durante estas mesmas aulas de segundo grau, nos são dadas noções básicas do que é o pH (potencial de hidrogênio) de uma solução ácida (pH < 7), neutra (pH = 7) ou básica (pH > 7), e também é explicado que sais provenientes de ácidos fortes e bases fortes dão soluções neutras. A coisa complica um pouco mais quando devemos estudar sais provenientes de ácidos fortes e bases francas, ou ácidos fracos e bases fortes, os primeiros dando soluções de pH < 7, enquanto que os últimos darão soluções de pH > 7.

Um fato que talvez poucos conheçam é que na crosta terrestre e oceanos não há um equilíbrio entre ácidos e bases fortes ou fracos, ou ainda sais provenientes de reações entre ácidos e bases fortes ou fracos. As bases fortes estão em maior concentração na crosta terrestre e nos oceanos, como é o caso do hidróxido de cálcio justamente. No caso dos oceanos, o hidróxido de cálcio é neutralizado pelo único ácido que se encontra em concentração suficiente que é o ácido carbônico, que é um ácido extremamente fraco. O ácido carbônico reage com o hidróxido de cálcio formando o bicarbonato ou o carbonato de cálcio, e visto que estes sais são provenientes de uma base forte e um ácido fraco, o pH dos oceanos será ligeiramente básico, por volta de 8 em média. Não se deve esquecer que o pH depende também da temperatura, o pH do oceano é próximo da neutralidade e por volta de 7.8 na zona tropical, enquanto que este pH se torna mais alcalino (por volta de 8.2) nas zonas subtropicais e polares. O que quer dizer que os oceanos não são ácidos fundamentalmente. Uma acidificação dos oceanos só seria possível se ocorresse um despejo massivo de ácidos fortes, além da remoção do excesso de bases fortes que estão presentes nestes, o que é praticamente impossível ao nível planetário. Sem esquecer que os oceanos, pela quantidade de sais dissolvidos, apresentam um “efeito tampão” muito marcado, o que quer dizer que variações súbitas do pH não são possíveis. O CO2 forma o ácido carbônico quando em contato com a água, mas como já visto acima, o ácido carbônico é um ácido extremamente fraco e não seria capas de “acidificar” de maneira significante os oceanos. E vale a pena ressaltar mais uma vez que o CO2 de origem antropogênica é de uns 3% em toda a atmosfera, e que os oceanos já contém enormes reservas de CO2 dissolvido (muito maiores que a concentração atmosférica), e que nem por isso os oceanos são ácidos.

Os aquecimentistas e outros ambientalistas estão tentando promover que o aumento de CO2 de origem antropogênica está “acidificando” os oceanos, e em consequência, influenciando negativamente o equilíbrio dos oceanos, matando inclusive as formas de vida que fixam o CO2 na forma de carapaças e conchas, o que constitui outra enorme impostura. Nos gráficos mostrados acima, tudo indica que estes seres vivos tais como os moluscos e os próprios corais apareceram e evoluíram nos oceanos numa época em que a concentração do CO2 era muito maior do que a atual. Tudo também leva a pensar que foi a queda dramática da concentração do CO2 que ocorreu no período permiano que levou a maior extinção de espécies que a Terra já conheceu, incluindo também os animais de carapaça sólida constituída de carbonato de cálcio.

Enquanto que a realidade demonstra o contrário: um aumento do CO2 nos oceanos também significa um aumento da biomassa que vive nestes mesmos oceanos pois o CO2 também é o elemento principal necessário ao fitoplâncton para fazer a fotossíntese e de ser o começo da cadeia alimentar aquática. Os oceanos contém uma enorme quantidade de CO2, porém deve-se lembrar que este CO2 não está facilmente disponível pois pode se encontrar a grandes profundidades, e que o fitoplâncton e a fotossíntese só podem ocorrer na superfície dos oceanos até alguns poucos metros de profundidade, até onde a luz consegue chegar. O CO2 atmosférico é, então, de grande importância para o fitoplâncton. E como já discutido acima, quanto mais fitoplâncton, mais alimentos para o zoo-plâncton e os outros animais, e finalmente mais alimentos para os humanos na forma de peixes, crustáceos, moluscos, etc.

A verdade em relação a um aumento moderado da temperatura global
Como já relembrado acima, um aumento pequeno ou moderado da temperatura global não seria causador de catástrofes e outras calamidades tão promovidas e divulgadas pela mídia de massa. Por outro lado, um pequeno resfriamento da temperatura global pode significar calamidades em populações mais pobres, pois é muito bem estabelecido que não se morre de calor, porém pode-se morrer facilmente de frio.

Um clima um pouco mais quente é sinônimo de melhores safras
Uma regra geral em química, biologia e outras áreas é que, para um aumento de 10°C, a velocidade de reação dobra. Mas tanto não é preciso para aumentar o rendimento das safras e colheitas. Um aumento da temperatura global de apenas 1°C significaria milhares de toneladas de comida a mais visto que aumentaria os rendimentos das safras e colheitas em praticamente todos os lugares do mundo.

Este aumento pequeno a moderado da temperatura, combinado com uma concentração um pouco maior de CO2, age de maneira sinergética sobre as plantas, aumentando consideravelmente o rendimento das colheitas. Isto tudo economizando ou até mesmo evitando o uso de fertilizantes químicos.

Um clima um pouco mais quente não é apenas sinônimo de economia de energia, mas de ainda mais energia

A economia de energia é óbvia, pelo menos nos países de clima temperado.
Por outro lado, um pequeno aumento da temperatura global também aumentaria a quantidade de chuva nas bacias fluviais, aumentando assim a quantidade de água disponível para fazer funcionar as turbinas das hidrelétricas, gerando assim mais energia para a população. Tal aumento da temperatura global também favorece o crescimento da biomassa, o que também aumenta a disponibilidade de biocombustíveis

Um clima um pouco mais quente é sinônimo de mais água de fácil acesso
Tal como descrito no artigo anterior deste blog, a água é um bem abundante e escasso ao mesmo tempo, e mesmo se a Terra se aparenta a um “planeta água”, a água de fácil acesso e quase pronta para o consumo não é tão abundante assim, basta notar que milhões de seres humanos ainda não tem acesso a tal água nos dias de hoje e com toda nossa tecnologia, o que é inadmissível.

O aquecimento global natural favoreceria a evaporação da água e aumentaria a quantidade de chuvas pelo mundo inteiro, isto aumentando as reservas de água doce de fácil acesso como os rios e lagos.

O aquecimentista de plantão já gritaria: – Mas vai também aumentar as tempestades e chuvas torrenciais pelo mundo! Mas como visto acima, tais tempestades e chuvas no são causadas pelo aumento da temperatura em si, mas por outros fatores climáticos que influenciam a pressão atmosférica tais como as diferenças de temperatura entre as massas de ar vindo dos polos e das zonas tropicais. E como também já discutido, em tese, um aquecimento global diminuiria a diferença de temperatura entre estas massas de ar, o que também diminuiria a ocorrência de tais fenômenos climáticos catastróficos.

Então, devemos mesmo celebrar o aumento do CO2?
No final dos documentários e palestras feitas pelo Dr. Patrick Moore, ele convida as pessoas a se juntarem a ele e celebrarem o CO2 visto que é o gás da vida neste planeta. Os argumentos e evidências mostradas sugerem que um aumento da concentração do CO2 atmosférico é totalmente benéfico, que seja para os vegetais quanto para os animais em geral.

No estado atual de nosso conhecimento, a maior extinção de espécies já ocorrida neste planeta aconteceu no momento em que a concentração de CO2 estava o mais baixo, e evidências encontradas nos dias de hoje tais como o petróleo e o carvão, e também as rochas sedimentares calcárias, sugerem que o CO2 foi sequestrado da atmosfera, o que impossibilitou a regeneração dos vegetais em geral e causou o declínio tanto deste reino quanto o do reino animal. Estima-se que entre 90 a 96% de todas as espécies desapareceram neste período de baixa concentração de CO2. E fazendo um paralelo com nossos dias de hoje, a concentração de CO2 atmosférico está bem próxima ao da época desta extinção massiva das espécies.

E se o papel do homem na Terra fosse o de desbloquear o CO2, favorecendo assim a prosperidade do reino vegetal que é a base alimentar de tudo? O homem cumpriria seu papel como nenhum outro ser vivo neste planeta, ou seja queimando a matéria orgânica, ou ainda liberando o CO2 sequestrado as rochas calcárias. Neste papel fundamental, o homem estaria em completa simbiose com o mundo vegetal, cada um tirando proveito do outro. Prefiro considerar o homem nesta posição em relação ao planeta do que apenas considerá-lo como um parasita, é uma maneira de manter uma atitude positiva nisto tudo, e afinal de contas, também estamos aqui para aprender. Muita coisa resta a ser feita em relação aos verdadeiros problemas que podemos causar a este planeta e até a nós mesmos como a poluição, a gestão de nosso lixo, o uso responsável dos recursos naturais, e o desperdício.

A meu ver, o CO2 não é um problema, pelo contrário, seria uma solução a vários problemas, e acho mesmo que deveríamos celebrar o seu aumento na atmosfera, o que nos traria mais desenvolvimento, abundância e conforto, tudo estando em harmonia com a natureza. Porém cabe a cada um de tirar sua própria conclusão sobre esta questão.

Christian Sakaki

PS. Para aqueles que adoram uma cervejinha bem gelada, é bom saber que sem CO2, só existiria cerveja choca!

Publicado originalmente em: https://acmmmm.wordpress.com/2017/11/23/positivando-o-aquecimento-global-natural-devemos-mesmo-celebrar-o-aumento-do-co2/


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