quarta-feira, 9 de março de 2016

Os gordinhos contribuem mais para o “aquecimento” global


Richard Jakubaszko  
Imbecilidades não escolhem local para aparecer e serem repetidas. O jornal Extra / O Globo repercutiu de forma acrítica e com a maior seriedade a notícia abaixo de que os "gordinhos contribuem mais para o aquecimento do que os magrinhos". A notícia dá a impressão de que os gordinhos emitem mais “pum” do que os magrinhos. Dá pra acreditar em jornal???

A curiosa notícia foi enviada ao blog pelo soldado da Polícia Militar de São Paulo, Alceu Mendes, frequentador deste blog e leitor desde a primeira hora do livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?", sobre o qual anda falando maravilhas.


Registrava a notícia:
RIO - Um estudo feito pelos pesquisadores da Escola Londrina de Higiene e Medicina Tropical Phil Edwards e Ian Roberts indica que o aumento do número de pessoas obesas implica em maior emissão de gases de efeito estufa já que é necessária uma produção de alimentos maior para suprir a demanda da população, que cada vez consome mais, segundo o site do jornal inglês "The Sun". Acredita-se que cada pessoa obesa seja responsável por emitir uma tonelada de dióxido de carbono a mais que uma pessoa magra. Isso significa que um bilhão de toneladas extras de gases que contribuem para o aquecimento global é produzido por ano, de acordo a estimativa da Organização Mundial de Saúde para o número de pessoas obesas no mundo. Segundo o Edwards, "a produção de alimentos é responsável por cerca de um quinto dos gases de efeito estufa emitidos".

- Precisamos fazer muito mais para reverter a tendência mundial para a gordura. É um fator chave para a redução das emissões de carbono e desaceleração das mudanças climáticas. Andar por aí em um corpo pesado é como dirigir um carro que bebe muita gasolina - disse.

O estudo diz ainda que o impacto provocado pela obesidade no meio ambiente é ainda pior pelo fato de pessoas acima do peso serem mais adeptas do uso de automóveis.

- É muito mais fácil entrar no carro para buscar leite do que caminhar até lá.
Edwards fez questão de esclarecer, no entanto, que o objetivo do estudo não foi o de apontar o dedo contra as pessoas obesas e sim chamar atenção para as implicações que essa tendência mundial pode ter no meio ambiente:
 

- Todas as populações estão ficando mais gordas, e isso tem um impacto no meio ambiente. Está na hora de nos darmos conta da quantidade que comemos. Trata-se de consumo exagerado, principalmente em países ricos. A demanda mundial por carne, por exemplo, está indo ao encontro da que já temos na Inglaterra e nos Estados Unidos.

De acordo com Edwards, pesquisas de saúde do Reino Unido estimam que o Índice de Massa Corpórea (IMC) médio passou para 26 e 27 nos últimos 10 anos. Uma pessoa com IMC acima de 25 é considerada acima do peso e, acima de 30, obesa.

O estudo, feito por Phil Edwards e Ian Roberts, "Population adiposity and climate change", foi publicado no International Journal of Epidemiology.


Publicado em Extra / O Globo: http://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/obesidade-contribui-para-aquecimento-global-diz-pesquisa-270782.html

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