domingo, 14 de setembro de 2014

Eleições de 2014 podem trazer mudanças políticas profundas

Richard Jakubaszko 
Millor
As eleições de 2014 devem trazer mudanças políticas profundas no cenário político brasileiro. São mudanças desejadas pela população, manifestadas através do voto democrático. Não serão mudanças cosméticas, ou periféricas, típicas de discursos políticos levianos.

Não há como evitar, as pesquisas mostram que ainda nestas eleições o PSDB vai definhar, ficará como o DEM já é hoje, insignificante, um partido nanico. O PSDB deve eleger uma bancada inferior a 50 deputados federais, quem sabe até menos de 40. O PT formará a maior bancada da Câmara, seguido pelo PMDB e depois o PSB. O PSDB talvez consiga eleger somente o governador de São Paulo, isto se não ocorrer o racionamento de água até o final deste mês, antes das eleições. Se isso acontecer, Alckmin pode nem ir para um segundo turno. Em Minas Gerais o candidato de Aécio nem vai para o 2º turno, se é que vai haver 2º turno por lá...

A causa disso tudo é que o PSDB não iniciou e nem concluiu nenhuma obra importante de infraestrutura no Brasil, nem mesmo o metrô de São Paulo foi ampliado, afora a linha amarela, nestes últimos 20 anos. O discurso dos tucanos limita-se a tentativas de desconstruir o PT, mostra propostas de refazer o que o PT fez de errado nesses 12 anos de petismo, e erra nos alvos em que atira, ou atirava, como o Bolsa Família, o Mais Médicos, o Luz para Todos, Prouni, programas amplamente aprovados pela população carente.

Na área federal, o PSDB acredita que o Brasil não tem memória, pois deixou o governo em 2002 com as finanças em pandarecos: altíssima dívida pública, interna e externa, desemprego elevadíssimo com 18%, inflação de 13,5% a.a., juros Selic de 35% a.a., câmbio do dólar a R$ 4,00. Os indicadores ao final do governo FHC eram lastimáveis, saiu do poder com mais de 70% de desaprovação. Mas acha que deixou uma boa herança e bons fundamentos...

Reconheço, evidentemente, que FHC deixou pontos positivos, um deles foi a lei de Responsabilidade Fiscal, que obriga governos estaduais e municipais, nas três esferas dos poderes executivo, judiciário e legislativo, a não gastarem mais do que arrecadam. Foi o que permitiu e vibilizou o Plano Real, implantado pelo governo de Itamar Franco, e do qual FHC se apropriou indevidamente.

Não contentes com isso, os tucanos de hoje em dia pregam o pessimismo, de que o Brasil vai quebrar, assim como já afirmaram que "não ia ter Copa", ou "imagina na Copa". Isso é coisa de gente que não gosta do Brasil! E a mídia ainda apoia essa desfaçatez! Na internet vende-se o medo, ameaças de hecatombes, como o "perigo" de um golpe bolivariano, revoluções bolcheviques, e por aí afora.
Ora, ora, quanta coragem!

Abaixo, fotos de mais de 30 primeiras páginas, e de reportagens, dos principais jornais do país, nos anos do governo FHC, onde havia verdadeiro terrorismo contra a população: inflação, quebradeira, corrupção, instabilidade, venda do patrimônio público; e os tucanos ainda têm a coragem de afirmar
que deixaram "uma boa herança para Lula", ou melhor, dizem que Lula fez o que fez porque eles "asfaltaram" as estradas antes, porque prepararam a base dos bons governos de Lula e Dilma...

Eu não sou desmemoriado, e ajudo a quem quiser para relembrar esses "bons tempos" de FHC e do PSDB quando estavam no poder. Essa história o povo conhece, e não deseja que retorne ao nosso dia a dia. Por esses erros o PSDB está sendo defenestrado em todas as instâncias de poder, pelo voto, de forma democrática, porque não tem propostas, e porque não tem gestão.
Me desminta, quem tiver coragem. Mas leia antes as manchetes abaixo, para refrescar a memória.

Publico esse material como registro histórico de um tempo do Brasil que não desejo para minha neta e nem para as futuras gerações.
Como era bom o tempo de FHC, onde desemprego corria solto...
Quem vivia de aluguel não tinha problemas, êta vida boa!
O povo reclamou, os mais velhos lembram, os jovens não sabem!
Ao final do governo, FHC se protegeu do futuro...

Observem, FHC acena e ri para a plebe...
Mais aperto: iniciava o 2º reinado de FHC, o FMI mandava!
Dias após as eleições, já reeleito, FHC deu o golpe no povo!
Não teve calote, não, e Lula ainda pagou a dívida externa!
Quem teve apagão foi o Brasil, no tempo de FHC.
Gilmar, ministro do STF, cria de FHC, deu 2 Habeas Corpus em 48 horas
Maltrapilho fala de esfarrapado, FHC aposentou-se aos 37 aninhos...
 Maravilha FHC! Só 50 milhões de indigentes? Foi quase 100 milhões...
Não era o PT acusando de corrupção, era fogo amigo...
Derrubaram ministro do PT porque pagou tapioca com cartão corporativo...
Jader era fogo amigo, e FHC se metia pessoalmente nas CPIs...
Desvio da Sudam foi 25 vezes maior do que o mensalão do PT...
Venda quase feita, gastaram os tubos com publicitários, pra trocar o S pelo X 

Precisava tanto dinheiro, que não deu pra consertar as privatizações...
Quem pagou tudo, como sempre, foi o trabalhador, olha o FAT aí...
No tempo do Lula, quando o dólar caiu a R$ 3,00 eu comprei alguns...
Era previdente esse FHC, adivinhou o que vinha pela frente...
FHC salvou a Globo. Entendeu por que eles são amigos até hoje?
Não vendeu, mas não foi por falta de tentativa...
Continuaram tentando, até o fim do governo.
Até hoje não explicaram essa má gestão!

6 comentários:

  1. José Carlos Arruda Corazza, BH14 de setembro de 2014 às 13:20

    Richard,
    quer dizer que deixará de haver a polarização PT x PSDB? Quem vai assumir o lugar dos tucanos?
    José Carlos

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  2. José Carlos,
    quem vai assumir o lugar dos tucanos, ninguém sabe, mesmo que tenha bola de cristal.
    A verdade é que isso é muito ruim para o país. Seria o mesmo que um corintiano desejasse o fim do Palmeiras ou do São Paulo, ou vice-versa, e se isso ocorresse perderia a graça e importância.
    Vai demorar para surgir um opositor ao PT, o mais provável, aliás já previsto por Sarney após a eleição de Lula, é que surja de dentro do próprio PT ou da base aliada, e não faltam exemplos, como Marina, PSOL, Luiza Helena, Eduardo Campos, e outros futuros dissidentes.
    É preciso entender que o PSDB é um grupo político paulista (Montoro, Covas, FHC) formado para fazer frente aos políticos mineiros, mas perdeu-se ao não integrar políticos de outras regiões em seu núcleo de poder partidário. Então, ficaram esses políticos num clubinho fechado, revezando-se, ora FHC, ora Serra, ora Alckmin, e quando entrou Aécio o núcleo já estava dividido, e só por isso ele entrou, acabando por implodir. Aécio não apoiou nem Alckmin e nem Serra, nas eleições de 2006 e 2010, e nem Serra ou Alckmin apoiam Aécio em 2014, por isso as derrotas.
    O PSDB ainda resistirá, mas com importância muito menor, pois terá senadores de peso, como o próprio Aécio, talvez Serra (mas tenho dúvidas se ele se elege), Álvaro Dias, Aluísio Nunes, e outros de menos peso político.
    Do PSDB vão sair diversos políticos que irão para outros partidos, pois políticos são pragmáticos, e visam sempre as próximas eleições. Como essas estão na reta final, e com enormes chances de Dilma se reeleger, os políticos já estão pensando em 2016 (estaduais) e em 2018, onde o fantasma de Lula vai recomeçar a assustar já, já.

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    Respostas
    1. Professor, mas abertas as urnas, vê-se que o conservadorismo voltou com força, Ronaldo Caiado, Malafaia, Pastor Everaldo, o que significa Bolsonaro com quase 500 mil votos?? Já são mais ruralistas do que sindicalistas na Câmara... e nunca vi tanta homofobia, ódio de classes e racismo sendo compartilhados nas redes sociais. O candidato Aécio já conquistou inclusive, hoje, apoio oficial do PSB no segundo turno, um partido de esquerda que Eduardo Campos e sua turma transformaram em pró-business.

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  3. Admirável como há uma amnésia pré-eleição.

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  4. Luiz Fernando Ferraz Siqueira15 de setembro de 2014 às 12:43

    Caro Richard, bom dia.
    É uma pena, pena mesmo, pois não temos bons e honestos-trabalhadores que pensam no país.
    Temos o menos ruim, o menos corrupto - o menos etc.
    Confesso desânimo grande com os “ três poderes “ e de A a Z.
    Uma pena.
    Luiz Fernando Ferraz Siqueira
    Diretor Agrícola
    Usina São Fernando
    Dourados, MS

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  5. Flávio A. Cardoso, Curitiba15 de setembro de 2014 às 21:36

    Richard,
    apesar do que vc falou, e reconheço muitas coisas, ainda faltam 20 dias para as eleições, e Aécio tem chances de se recuperar e ir ao segundo turno, seja com Dilma ou Marina. Acho que a Marina deve perder pontos nas próximas pesquisas e Aécio pode crescer.
    Flávio A. Cardoso, Curitiba

    COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO:
    Flávio, lamento, mas Aécio não tem como recuperar o que perdeu de votos. Entenda que a queda dele nas pesquisas traz como desdobramentos duas coisas fundamentais para a eleição de um presidente ou de um governador: primeiro, a queda na arrecadação de doações. Com menos dinheiro as coisas ficam muito mais difíceis. Pior é que, em segundo lugar, as parcerias regionais, as dobradinhas com partidos e coligações, se desfazem, e Aécio perde votos desses parceiros, comprometidos em suas regiões.
    Richard

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