quinta-feira, 31 de julho de 2014

Humor semântico de Suassuna

Richard Jakubaszko 
O doce e talentoso Ariano Suassuna nos deixou, se mandou sem deixar endereço ou formas de contatar com ele. Nas suas obras, palestras, entrevistas e conversas, o bom humor foi sempre uma constante, e abaixo vai uma recente e inédita história real e engraçada da qual ele foi a personagem:

Humor semântico de Suassuna
- As coisas estão mudando muito. Já não reconheço algumas – comentou Suassuna a uma amiga, quando exercia o cargo de pró-reitor comunitário da Universidade Federal de Pernambuco.

- O que foi que houve? Conte – pediu a amiga.

- Me chamaram no Departamento de Pessoal. E a moça de lá foi logo me perguntando:

- “O senhor é do Qufupe, não é?”.
- “O que é isso, moça...”. 
E acentuou: “Não sou homem disso não.”
Mas aí ela veio com uma conversa ainda pior.
- “É porque o senhor tem duas dentro e não gozou”.
- “Moça, essa conversa está muito atrapalhada. Não é pra mim. Adeus”. E fui embora...

Ariano fingiu não saber que Qufupe é a abreviatura de Quadro Único da Universidade Federal de Pernambuco. E que “duas dentro” significavam duas licenças de férias a que tinha direito, mas que não gozara ainda.

Em tempo:
Alguns meses atrás publiquei aqui no blog um vídeo com trecho de uma palestra engraçadíssima de Suassuna, e que republico abaixo, para deleite de quem apreciava o escritor e cidadão nordestino:
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terça-feira, 29 de julho de 2014

Caretas do Aécio

Richard Jakubaszko
Apesar da pose de Mauricinho, Aécio Neves (PSDB/MG) é careteiro juramentado, conforme mostram as fotos abaixo. Confiram, e me desmintam, se puderem...
Perilo, se ocê me der 10% eu escondo essas suas sacanagens...
Mano, tire retratinho comigo, por R$ 25,00 reais, topa? Cadê as muié?
De quem é esse cheirim de nhaca de cecê? Meu não é... É do Serra!!!
Lula, me dá teu voto, prometo que dessa vez não vou te trair...
Ai, meu Deus do céu, agora vai feder esse trem do aeroporto do titio...

Por que essa jornalista tá me oiando assim? O que ela tá querendo?
Se esse cara não tirar a mão daí, vai levar porrada, já, já...

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Aécim e seu moderno guarda-roupa

Richard Jakubaszko 
A internet anda tresloucada e agora desatou a sugerir um providencial guarda-roupa ao candidato aécim. Quando ele criticar o Bolsa Família, a minha sugestão é de que coloquem calças compridas. Quando apoiar o Mais Médicos, coloque ele de cuecas, mas se criticar ponha um shortinho...
Não é uma gracinha?
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domingo, 27 de julho de 2014

O Brasil e a colheita da morte


Mauro Santayana *
(Hoje em Dia) - O Mapa da Violência 2014, feito pela FLACSO _ (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais) sob a coordenação do sociólogo Júlio Jacob Weilselfisz, nos traz um dado estarrecedor.

Apesar da melhora da renda e do emprego no Brasil nos últimos anos, a morte tem colhido, por aqui, regadas a sangue, safras cada vez maiores.

O número de assassinatos triplicou nos últimos 34 anos, alcançando um recorde de 56.337 homicídios em 2012 – o último dado disponível – cifra superior ao de vítimas fatais da grande maioria dos conflitos que se travam, hoje, no mundo.

Com 29 mortes intencionais por 100.000 habitantes, matamos menos que Honduras, que, com 94, é o país que mais mata no mundo e quase o mesmo que o México. Mas muito menos que Cuba, Uruguai ou Argentina, e três vezes mais que a média de 10 por 100.000, considerada razoável, pela Organização Mundial da Saúde.

A questão é que, no Brasil, diante desses números, as pessoas tendem a achar que o problema da violência tem que ser tratado com mais violência.

Pergunte-se a qualquer cidadão, em um espaço de comentários, nos portais, ou nas redes sociais, qual é a solução para diminuir o número de vítimas de homicídio no Brasil, e ele, provavelmente, vai citar, em sua resposta, primeiro a pena de morte, e depois, a redução da idade penal, o aumento das penas e sentenças, e a tipificação de mais crimes como crimes hediondos, como a melhor resposta para essa situação.

A pena de morte, já existe, na prática, no Brasil. Policiais civis e militares, segundo o Sétimo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, matam, em média, quatro vezes mais civis que os dos Estados Unidos, por exemplo. Mais que a polícia do México, um dos países mais violentos do mundo, e mais do que a da Venezuela, que tem uma taxa de homicídios que é quase o dobro que a do Brasil.

Prender a torto e a direito, sem julgamento e sem assistência ou defesa, tratando como animal o suspeito, também não vai resolver o problema.

Segundo o Ministério da Justiça, a população carcerária aumentou 509% entre 1990 e 2012, para um crescimento de 30% da população. O número de presos sextuplicou, enquanto a população aumentou em um terço, e, hoje, com quase 600.000 presos o Brasil tem a quarta população penitenciária do mundo, 40% deles em situação provisória, sem ter culpa formada ou ter comparecido diante de um juiz ou tribunal, ainda.

Isso quer dizer que, longe de prender pouco, no Brasil prende-se – e mata-se – muito. Prende-se mal, prende-se sem provas, prendem-se os mais pobres, há pesadas sentenças para crimes leves, e misturam-se, na cadeia, traficantes e homicidas, e ladrões de galinha.

Enquanto isso, a irresponsável manipulação da opinião pública, por aqueles que vivem de explorar o medo, leva cada vez mais cidadãos e cada vez mais policiais à morte. Antes que se fechem atrás de nós os portais do inferno, é hora de mudar de rumo.

* jornalista

Publicado em http://www.maurosantayana.com/2014/06/o-brasil-e-colheita-da-morte.html


COMENTÁRIOS DO BLOGUEIRO:
Colocando minha colher nesse angu: acredito que o principal fator reside na questão da superpopulação. Fazemos da mesma forma que um formigueiro, quando este atinge um crescimento demográfico exacerbado.
Claro, entre nós humanos, as diferenças culturais, sociais e econômicas contribuem para isso, nas favelas e guetos sociais, agravadas pela injustiça social e dos direitos à defesa dos desassistidos.
De outro lado, desmente a teoria de Buarque de Hollanda, de que o brasileiro é um homem cordial.

De toda forma, nossa Justiça é falha e muito lenta, a sociedade mais elitizada preconiza de forma errática penas mais duras aos assassinos mais pobres, e debate assombrada a questão de um rico ser penalizado quando comete um crime de assassinato. Ou promove debates sobre tornar responsáveis os jovens com 16 anos de idade.

Por fim, acho que é uma hipocrisia monumental acreditar que as polícias, como as que temos, seja civil ou militar, possam ou devam ser suaves quando tratam com bandidos, ganhando R$ 2.500,00 mensais em média para arriscar a vida em defesa da sociedade, afora o fato de que muitos criminosos são presos até mesmo em flagrante de um crime, e dias depois um juiz qualquer solta o criminoso, desde que ele tenha um mínimo de recursos financeiros para pagar um advogado chave de cadeia.
Na mesma balada, os salários baixos favorecem aos grupos organizados do crime para a cooptação dos policiais.

De fato, desanima qualquer cidadão. É uma monumental hipocrisia da sociedade, quer segurança, mas não paga por ela.
A vida não tem mais valor.
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quinta-feira, 24 de julho de 2014

28 de julho, dia do agricultor, devia ser feriado

Richard Jakubaszko
28 de julho devia ser feriado nacional *
A data é de homenagens, e nesse texto resume-se a evolução do produtor rural por seu trabalho na história da humanidade.

A homenagem no dia 28 de julho, quando é comemorado o dia do agricultor, foi instituída com pompa e circunstância em 1960, a partir do centenário da criação do Ministério da Agricultura. O então presidente Juscelino Kubitschek sancionou o decreto que aprovou a data, pois atribuía o trabalho do agricultor como responsável pelo crescimento econômico do País. O presidente deveria ter decretado também que seria feriado, para os urbanos refletirem sobre a benção do alimento que recebem diariamente, nem imaginam de onde vem tanta coisa boa, talvez detrás da gôndola do supermercado.

Na verdade, a homenagem, assim nos parece, chegou atrasada. Talvez com uns 5 mil anos de atraso, e há quem arrisque dizer quase 10 mil anos, quando a agricultura neolítica atingia apenas o Atlântico, o mar do Norte, o Báltico, o vale do Ganges e a grande floresta equatorial africana, as regiões mais próximas já estavam há algum tempo cultivadas e percorridas pelos rebanhos.

O rio Nilo transbordava após o solstício, a cada ano isso se repetia entre julho e outubro. Os cultivos na vazante eram feitos após o recuo das águas, quando os solos estavam úmidos e enriquecidos pelos depósitos de aluviões, fertilizando os solos e permitindo colheitas fartas para os egípcios, região onde a própria Bíblia registra os primeiros sinais da humanidade na prática de uma agricultura empresarial, através da armazenagem de grãos e fertilização dos solos.

Mudanças no clima e desenvolvimentos da tecnologia podem ter sido as razões iniciais que impulsionaram a agricultura. Mas a agricultura de então já permitia a existência de aglomerados humanos com muito maior densidade populacional que os que podiam ser suportados pela caça e coleta. Houve uma transição gradual na qual a economia de caça e coleta coexistiu com a economia agrícola: algumas culturas eram deliberadamente plantadas e outros alimentos eram obtidos da natureza.

O grupo que se fixou na terra tinha mais tempo dedicado a atividades com objetivos diferentes de produzir alimentos, que resultaram em novas tecnologias e a acumulação de bens de capital, daí o aculturamento e o melhoramento do padrão de vida.

No Império Romano nasceu a organização rural, base da agricultura, desenvolvido depois na Idade Média. A Deusa Ceres da mitologia romana, a deusa das plantas que brotam (dos grãos) e do amor maternal, era o símbolo da época.

A força empregada no trabalho com a terra era, essencialmente, humana. Depois, a domesticação de animais permitiu a utilização de bois e cavalos para o trabalho de aração da terra.

Interessante é que o primeiro tipo de agricultura foi a itinerante, praticada pelos nômades, povos que não tinham moradia fixa, através do plantio, colheita, queima do terreno e novas plantações, até que o solo não produzisse mais, período após o qual se mudavam para novas plagas.

A partir das técnicas que controlavam as plantações, evitando que as mesmas fossem destruídas pelos fenômenos da natureza, o homem passou a ter moradia fixa, constituindo assim as primeiras cidades, como no caso do Egito Antigo, e suas plantações ao longo das margens do rio Nilo.

Nas Américas os Maias (que viveram nos séculos 4 a 9 a.C., nas atuais Guatemala e Honduras) praticavam notável agricultura, com alta tecnologia, baseada no milho, feijão e na batata. Muito tempo depois, os Astecas (séculos 14 a 16, no México) implantaram um original sistema de irrigação, cultivando milho, pimenta, tomate e cacau.

O milho era o alimento sagrado daquele povo, que domesticou lhamas, vicunhas e as alpacas, que também lhes forneciam lã, carne e leite. A agricultura antiga se caracterizava como atividade de subsistência, ou seja, produzia-se a comida da própria família ou da tribo. Não existiam trocas ou vendas de produtos.

Conforme nos relata o engenheiro agrônomo Evaristo Eduardo de Miranda, pesquisador da Embrapa, doutor em ecologia, e membro do Conselho Editorial da Agro DBO, a transição da evolução humana entre o período de ser caçador e coletor, que eram itinerantes, para a fase de agricultores, que se fixavam à terra, só foi possível quando se instituiu o direito de propriedade, e, consequentemente, no respeito à posse dos bens produzidos como fruto do trabalho.

Não se sabe quando e alhures, se no Egito ou na antiga Roma, festas passaram a ser realizadas após as colheitas, em celebração à fartura propiciada pelos deuses. Até hoje fazemos assim. No Brasil há inúmeros registros dessas manifestações. A mais antiga foi trazida pelos Jesuítas, há mais de 4 séculos, e que são as festas Juninas, comemoradas em todo o Brasil, especialmente no Nordeste, como manifestação de alegria pela abundância de alimentos. Já no Rio Grande do Sul a história da uva na Serra Gaúcha começa em 1875, ano em que chegaram as primeiras levas de imigrantes, vindas de inúmeras províncias italianas. As mudas de videiras trazidas pelos italianos cobriram os vales e encostas da região. Em poucas décadas a viticultura tornou-se a principal atividade econômica. Com o grande desenvolvimento do setor vinícola, surgiu a ideia de se realizar em Caxias do Sul uma exposição de uvas, de caráter festivo. Em 7 de março de 1931 se realizou a primeira Festa da Uva, com duração de apenas um dia, no centro de Caxias do Sul.

A agricultura antiga era de subsistência. Não existiam trocas ou vendas de produtos.

A Festa da Uva começou antes mesmo da emancipação do município, quando os agricultores se reuniam para celebrar a colheita ao som de música e alegria. Era um momento mágico, em que os produtores comemoravam com a comunidade o fruto de seu trabalho. Hoje, a Festa da Uva é o maior evento turístico e cultural da cidade.

A partir dos anos 1960 a agricultura conheceu a “revolução verde”, tendo aumentado a produção mundial de cereais em cerca de 70%. Foi a primeira vitória dos agricultores diante dos vaticínios apocalípticos de Thomas Maltus.

As tecnologias trouxeram novos modelos de agricultura, que permitiram o aumento da produção através da melhoria da produtividade.

O agricultor já foi chamado de camponês, lavrador, agricultor de subsistência, pequeno produtor, campesino, agricultor familiar. A evolução social e as transformações sofridas por esta categoria são consequências de uma nova situação deste trabalhador, fundamental para o desenvolvimento do País.

Temos a convicção de que, para ser agricultor, é preciso gostar, ter a vocação, e isso, para muitos, vem desde a tenra infância. Mais do que qualquer outra profissão ou atividade, é preciso ter amor pela terra, para poder produzir o que há de mais sagrado para a humanidade: o alimento, que garante a vida. Dedicados a essa atividade, os agricultores observam e respeitam o clima, ora amigo, ora inimigo, e ainda enfrentam os cíclicos cenários de mercado e consumo, ou seja, a cada safra e a cada ano surgem novos desafios.

No mundo contemporâneo os desafios tornam-se cada vez maiores, e em breve haverá necessidade de se alimentar mais de 9 bilhões de bocas insaciáveis. Será o maior desafio da humanidade, e dos agricultores, comparando-se este objetivo com os desafios do passado, recentes e remotos, registrados de forma épica e dramática nos livros da história universal.

A homenagem ao dia do Agricultor, como vemos, é um “marketing” de boa vontade dos políticos e dos urbanos, e com certeza chegou com enorme atraso, um imperdoável e milenar atraso. Entretanto, com a data da homenagem se manifesta o respeito que o produtor rural merece por seu trabalho, sendo ele ainda credor de outras manifestações de agradecimento pelos trabalhadores urbanos, pois o dia do Agricultor deveria ser feriado nacional, mesmo que esse dia fosse, para os agricultores, um feriado facultativo, pois o trabalho nunca para.


* Publicado na Agro DBO / julho, em homenagem aos agricultores.
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terça-feira, 22 de julho de 2014

Ai, ai, ai, filhos de Israel! Quanto ódio mais?

Richard Jakubaszko 
Até quando, filhos de Israel? 

Quantas mortes mais?
Até quando, filhos de Israel poderosos, ricos, armados com altas tecnologias, manterão esse terrorismo de estado fratricida contra os portadores de estilingues e de mísseis obsoletos e sem pontaria?
Ação e reação...
Quanta mentira!
Só se percebe ódio...

Olho por olho?
Não, mísseis contra pedradas e estilingadas...
Mortes, sofrimento, um holocausto em pleno século XXI!
É uma vergonha o que se assiste em Israel, perpetrado por um povo com mais de 5 mil anos de história, que deveria ter a sabedoria, mas que se outorga o direito da força.
O mundo assiste na TV, em silêncio, ao terror de estado.
Traz desesperança para a humanidade, desconstrói, sem exemplos, sem futuro.
Alimenta mais ódio.
Ó filhos de Israel!
O que David diria disso tudo?
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segunda-feira, 21 de julho de 2014

Sinusite: como resolver o problema

Richard Jakubaszko 
Muitas pessoas me perguntam como consigo "sobreviver" à sinusite. Faço deste post uma maneira de transmitir o que apreendi sobre a sinusite ao longo da minha vida, com o objetivo de ajudar aos que têm o mesmo problema.

Dilatador nasal para dormir o bom sono
Uso de muitos artifícios e estratégias para ter "qualidade de vida", pois sinusite é uma encrenca danada.
Há gente que sofre de terríveis dores de cabeça, mas eu não sei o que é isso, talvez devido aos cuidados preventivos que tomo. Mas sofro do que se chama de "Pan-sinusite", que toma toda a testa, logo acima dos olhos.
Daí que, quem sofre de sinusite pode ter uma péssima e inadequada respiração, sobretudo ao dormir ou praticar esportes, e invariavelmente acaba ficando com uma voz fanhosa, o que prejudica a quem possui atividades profissionais que dependam da voz, seja cantor, palestrante, vendedor, telefonista ou radialista. Outro efeito maléfico são as noites mal dormidas, e o cansaço matinal castiga o dia inteiro.

Para dormir melhor uso um produto lançado recentemente no mercado, chamado Respirin, que mostro na foto acima. É um dilatador nasal, introduzido nas narinas antes de dormir, e que permite uma noite de sono normal a quem sofre da sinusite, com respiração adequada, e que chega a reduzir o ronco, barulheira desagradável tanto para quem ronca como para quem dorme ao seu lado, ou até mesmo em cômodos diferentes da mesma casa... 
Abaixo dou dicas sobre o Respirin, além de dados sobre o produto, que retirei do site de uma empresa de vendas pela internet, onde comprei o produto pela primeira vez: http://www.confortoonline.com.br/2749.html

Que se entenda: a sinusite é uma inflação crônica dos sinos da face do rosto, que provoca dificuldades de respiração, especialmente durante o sono ou durante práticas esportivas.
Há períodos crônicos e agudos. Deve-se prevenir, durante o estado latente e suportável, para que não entre em momento agudo.

A causa é de fundo alérgico, e muitos alimentos podem ser os responsáveis pela sinusite, mas cada pessoa responde de maneira diferente a esses alimentos. No meu caso, conforme já publiquei aqui no blog (ver em Alergia: decifra-me ou te devoro: http://richardjakubaszko.blogspot.com.br/2008/04/alergia-decifra-me-ou-te-devoro.html ), os principais alimentos que me causam sinusite são o feijão preto, banana, batata, chocolate e alecrim, além de substâncias que, se estiverem em grande quantidade no ar, como metano, etileno, enxofre, e até mesmo alguns perfumes, agudizam o problema. Entretanto, os alimentos que algumas pessoas relatam como causadores de suas alergias, seja sinusite ou coceiras, são os tradicionais, com alto potencial alergênico, como ovo, leite, amendoim, chocolate etc., e com isso não se preocupam com outros alimentos, o que é um erro.

O dispositivo que mostro na foto acima, o Respirin, é um aparelho confeccionado em plástico atóxico e maleável que se adapta à cavidade nasal do usuário e possui dois ímãs em suas laterais, que ativam os músculos da nasofaringe, o que permite a respiração normal durante o sono. A
tecnologia inovadora desobstrui a cavidade nasal para a passagem do ar e ativa o sistema circulatório, aumentando a oxigenação sanguínea. É ideal para práticas esportivas e para um sono mais confortável. Também é eficiente em problemas de congestão nasal, desvio de septo, rinite, sinusite e outros problemas relacionados ao sistema respiratório.

Embalagem do Respirin



Respirin também é eficiente em problemas de congestão nasal, desvio de septo e rinite, além de sinusite.


DICAS ADICIONAIS COM RELAÇÃO A SINUSITE:
- Evite gripes e resfriados. Nessas, a sinusite entra em estado agudo e maltrata seus portadores.
- Calor na testa é um bom remédio, sempre. Seja sol, calor de lâmpadas, bolsas de água quente, a sinusite fica suportável, e você respira melhor.
- Evite poeiras e ambientes poluídos, seja fumaça de escapamentos ou local mal cheiroso (como lixões, esgotos e latas de lixo, pois emanam metano).
- Faça limpeza diária com água e sal nas narinas. Eu faço o "afogamento simulado" quando a sinusite entra em estado agudo. Consiste em um copo com água no qual se dilui uma colher de chá com sal. Com o corpo em L, debruçado sobre uma pia no banheiro, coloco um pouco dessa água na mão em concha e puxo pelas narinas, cuspindo depois o que sair pela boca, e limpando as narinas. Se faz até a água acabar, e alivia o mal estar por algumas horas, facilitando o sono se feito antes de dormir.
- Descubra os alimentos alergênicos e evite-os.
- No inverno e em tempo seco a sinusite tende a piorar.
- Jamais pense que cirurgias resolvem a sinusite. Há médicos que prometem soluções com esse caminho, mas são paliativos, não resolvem a causa, e ela volta sempre.
- Inalações são sempre amenizadoras de estados agudos, e podem ser feitas mesmo em dias normais da sinusite, quando está apenas em estado crônico.
- Na região do Cerrado (Brasil-Central) existe uma planta que produz um fruto, parecido com a bolinha da mamona, e que, fervidos em 4 ou 5 frutos, geralmente dão bons resultados quando inalados. Mas faça com cuidados, pois é um dilatador natural poderoso e pode provocar hemorragia nasal. Mas isso depende, evidentemente, da sensibilidade de cada um.
- Sinusite não tem cura, a não ser que você descubra e evite todas as causas alergênicas e viva num ambiente sem poluição.
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sábado, 19 de julho de 2014

A estrada para Bagdá



Mauro Santayana *
Financiados por quem? Eles guerreiam com Toyotas Hilux...
(Jornal do Brasil) - Enquanto o mundo acompanhava os jogos da Copa 2014, disputada no Brasil, as agências internacionais informavam, em despachos urgentes, que rebeldes islâmicos sunitas se encontravam há apenas algumas dezenas de quilômetros da capital iraquiana.

Há poucos dias, combatentes do EIIL - Estado Islâmico do Iraque e do Levante, capturaram Tikrit e Mossul, no norte do país, e em rápido avanço, tomaram em seguida Raqqa, Tal Afar, Suleiman Beg e Falluja. Ontem pela manhã, eles cercavam Baquba, que, se cair também em suas mãos, lhes dará acesso à estrada que, ao longo de 60 quilômetros, os separa dos subúrbios de Bagdá.

Surpreendidos e desnorteados pela rapidez dos acontecimentos, os EUA, como já ocorreu antes, quando tiveram que abandonar, ás pressas, o Vietnam e a Somália, anunciaram o envio de 275 soldados para “proteger” seu corpo diplomático - quando na verdade eles podem estar indo para lá para organizar e cobrir sua retirada - no que pode ser o capítulo final de uma enorme tragédia que teve início com duas farsas: a do não comprovado envolvimento do regime de Saddam Hussein com os até hoje também não esclarecidos ataques de 11 de setembro de 2002; e a mentira sobre a existência, no Iraque, de “armas de destruição em massa” que nunca foram encontradas.

Impossibilitado, pela própria opinião pública norte-americana - que não quer nem saber de falar em guerra - de se envolver diretamente com o conflito, os Estados Unidos falam em usar drones para atacar os rebeldes, e se dividem quanto a eventual cooperação com o vizinho estado iraniano, que por ser também xiita, simpatiza com o atual Primeiro-Ministro iraquiano, Nouri Maliki.

Chega a ser irônico que os EUA, agora, falem em proteger a “estabilidade” do Iraque. A intervenção norte-americana no país não foi somente injusta, cruel, absurda e desnecessária. Ela transformou-se em um verdadeiro fiasco moral, militar e econômico para os Estados Unidos.


No dia 16 de março de 2003, pouco tempo antes da invasão, o então Vice-Presidente de Bush, Dick Cheney, afirmou, em um encontro com a imprensa na Casa Branca, que a operação iria custar entre 80 e 100 bilhões de dólares, incluindo a conquista de Bagdá e a ocupação do Iraque, e dois anos de conflito.


Dez anos depois, em maio de 2013, um estudo denominado The Costs of War, do Instituto Watson de Estudos Internacionais da Universidade Brown - a sétima mais antiga dos Estados Unidos - calculou em quanto havia ficado a conta para os contribuintes: um trilhão e setecentos bilhões de dólares, mais 490 bilhões de dólares em despesas médicas e indenizações e pensões para os veteranos, que, até que essa geração desapareça, podem chegar a 6 trilhões de dólares, nos próximos 40 anos.


A isso, é preciso acrescentar, segundo a organização antiwar.com, cerca de 5.000 soldados norte-americanos mortos e desaparecidos, e um número estimado de 100.000 feridos.


As mortes diretas de iraquianos, ainda segundo o estudo da Brown, foram de 134.000 civis, número que deve ser multiplicado por quatro, considerados os que morreram por ferimentos, enfermidade e fome até agora, principalmente crianças. Somando-se ao número inicial, membros de “forças de segurança”, rebeldes, jornalistas e funcionários de organizações humanitárias, chega-se a um número aproximado de 189.000 vítimas.


Antes da intervenção norte-americana no Iraque, o regime de Saddam e o dos Aiatolás, se vigiavam mutuamente, contribuindo para manter certo equilíbrio de forças na região.

Com a destruição da nação iraquiana, os Estados Unidos – assim como estão fazendo na Ucrânia, na Síria, na Líbia - substituíram um país relativamente estável, sem grandes conflitos internos, no qual conviviam diversas etnias, por um inferno de morte e violência do qual, como sempre, se afastaram, depois, quando a situação piorou, como se não tivessem absolutamente nada a ver com isso.


E tudo isso para que? Para, depois de tantos anos de uma guerra tão cara como brutal, desumana e inútil, os EUA, absolutamente impotentes, verem tropas rebeldes sunitas islâmicas - muito mais anti-EUA do que Saddam Hussein jamais foi - tomarem conta do país.

Para, depois, correrem o risco de ter de assistir tropas do Irã - a maior potência política e militar da região – tomarem também a estrada para Bagdá, como pacificadores, entregando o Iraque, de bandeja, para um país que sempre consideraram seu arqui-inimigo naquela região.

Publicado no blog  http://www.maurosantayana.com/2014/06/a-estrada-para-bagda.html


COMENTÁRIO "INOCENTE" DO BLOGUEIRO
considerando os 6 trilhões de dólares gastos pelos EUA na guerra contra o Iraque, eles "investiram" três PIBs brasileiros nessa brincadeirinha... Um exemplo clássico de "gestão" inovadora e criativa do dinheirinho público dos americanos, e também de exibição prática da política humanista de relações exteriores dos gringos.
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