segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Cientistas desmentem o aquecimento

Richard Jakubaszko
Publicado no Wall Street Journal: The Wall Street Journal


Foi uma alegria enorme encontrar e ler esse post traduzido por Maurício Porto, no blog Terrorismo Climático, reproduzido abaixo, e originalmente publicado em 27/01/2012 no Wall Street Journal, pois em alguns momentos me parece que estou berrando sozinho no deserto. Isto faz com que me considere, de certa forma, excluído, ou ainda, perceba certo olhar de soslaio e soberana empáfia por parte de meus pares no mercado.

Publiquei em janeiro, aqui no blog, e na revista DBO Agrotecnologia de nov/dez 2011,  o "SOS aos cientistas pesquisadores" - http://richardjakubaszko.blogspot.com/2011/12/sos-aos-cientistas-pesquisadores.html -, mas foram poucos os cientistas que me contataram, por telefone ou e-mail, reconhecendo que a ciência tem de dar respostas incisivas à essa questão do aquecimento, ou melhor, das mudanças climáticas. Corremos o grave risco de se estabelecer o pensamento único na sociedade, devido à pressão da mídia acrítica e das empresas verdes, afora os interessados nas questões econômicas dessa autêntica paranóia. Felizmente, lá fora, alguns cientistas criaram coragem e estão botando a bronca no trombone. Aleluia!

CARTA ABERTA DE 16 PROEMINENTES CIENTISTAS: NÃO HÁ NECESSIDADE DE PÂNICO SOBRE O AQUECIMENTO GLOBAL
( http://terrorismoclimatico.blogspot.com/2012/01/carta-aberta-de-16-proeminentes.html )


(Tradução Maurício Porto)

"Não há nenhum argumento convincentemente científico para medidas drásticas para "descarbonizar" a economia mundial."

 



A Carta Aberta foi assinada pelos 16 cientistas listados ao final:
Um candidato a cargo público em qualquer democracia contemporânea pode ter que considerar, o que fazer sobre o "aquecimento global". Os candidatos devem entender que a alegação tantas vezes repetida que quase todos os cientistas exigem que algo dramático seja feito para parar o aquecimento global não é verdade. Na verdade, um grande e crescente número de importantes cientistas e engenheiros não concordam que ações drásticas contra o aquecimento global são necessárias.

Em setembro, o ganhador do Prêmio Nobel, o físico Ivar Giaever, um apoiador do presidente Obama na última eleição, publicamente demitiu-se da American Physical Society (APS) com uma carta que começa assim: "Eu não vou renovar minha filiação porque eu não posso conviver com a declaração política da APS: "A evidência é incontestável: O aquecimento global está ocorrendo. Se não forem feitas ações de mitigação, perturbações significativas nos sistemas físicos e ecológicos da Terra, sistemas sociais, de segurança e saúde humana são susceptíveis de ocorrer. Devemos. reduzir as emissões de gases de efeito estufa a partir de agora. " Na APS é permitido discutir se acontecem alterações na massa de um próton ao longo do tempo ou como um multi-universo comporta-se, mas a evidência do aquecimento global é indiscutível?"

Apesar de uma campanha internacional de muitas décadas para impor a mensagem de que quantidades crescentes de dióxido de carbono "poluente" irá destruir a civilização, um grande número de cientistas, vários muito proeminentes, compartilham as opiniões do Dr. Giaever. E o número de cientistas "hereges" está crescendo a cada ano que passa. A razão é uma coleção de repetidos fatos científicos.

Talvez o fato mais inconveniente é a falta de aquecimento global por mais de 10 anos. Isto é conhecido pelo  establishment do aquecimento, como se pode ver a partir do e-mail do "Climategate" de 2009 do cientista do clima Kevin Trenberth: "O fato é que não podemos explicar a falta de aquecimento no momento, e isso é uma farsa que nós não podemos manter". 


O aquecimento só sumiria se alguém acreditasse que ele existia. Ele só aparecia nos modelos de computador e não no mundo real. Nos modelos os chamados feedbacks envolvendo vapor de água e nuvens amplificam o efeito pequeno do CO2, resultando num falso aquecimento global. 

A falta de aquecimento por mais de uma década - certamente menor do que o aquecimento previsto ao longo dos 22 anos desde que o Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudanças Climáticas (IPCC) começou a emitir projeções, sugere que os modelos de computador têm exagerado muito quanto ao aquecimento adicional que o CO2 pode causar. Diante deste embaraço, aqueles que promovem previsões alarmistas mudaram seu alvo, do "aquecimento" para "condições climáticas extremas", com a intenção de permitir que qualquer coisa incomum que aconteça no nosso clima caótico possa ser atribuída ao CO2.

O fato é que o CO2 não é um poluente. CO2 é um gás incolor e inodoro, expirado em altas concentrações por cada  cada um de nós, e um componente chave do ciclo de vida da biosfera. As plantas melhoram tanto com mais CO2 que os operadores de estufas, muitas vezes aumentam as concentrações de CO2 por fatores de três ou quatro para obter um melhor crescimento. Isso não é surpresa já que as plantas e os animais evoluíram quando as concentrações de CO2 foram cerca de 10 vezes maiores do que são hoje. Melhores variedades de plantas, fertilizantes químicos e manejo agrícola contribuíram para o grande aumento na produção agrícola do século passado, mas parte do aumento quase que certamente veio de CO2 adicional na atmosfera.

Embora o número de cientistas publicamente dissidentes esteja crescendo, muitos jovens cientistas furtivamente dizem que, enquanto eles também têm sérias dúvidas sobre a mensagem do aquecimento global, eles têm medo de falar por medo de não ser promovido, ou pior. Eles têm um bom motivo para se preocupar. Em 2003, Dr. Chris de Freitas, o editor do jornal Climate Research, se atreveu a publicar um artigo revisto por pares com a 
conclusão politicamente incorreta (mas factualmente correta) que o aquecimento recente não é incomum no contexto das mudanças climáticas nos últimos mil anos. O establishment internacional do aquecimento rapidamente montou uma campanha determinada a remover o Dr. de Freitas de seu trabalho editorial e demiti-lo de seu cargo universitário. Felizmente, o Dr. de Freitas foi capaz de manter seu emprego na universidade.

Este não é o modo como a ciência deve funcionar, mas já foi visto isso antes. Por exemplo, no período assustador quando Trofim Lysenko passou a controlar a biologia na União Soviética. Os biólogos soviéticos entusiasmados com as pesquisas genéticas, que para Lysenko não passava de uma ficção burguesa, foram demitidos de seus empregos. Muitos foram enviados para os gulags e alguns foram condenados à morte.

Por que existe tanta paixão sobre o aquecimento global, e por que a questão tornou-se tão difícil que a American Physical Society, da qual Dr. Giaever renunciou há alguns meses, recusou o pedido aparentemente razoável por muitos de seus membros para remover a palavra "indiscutível" de sua descrição de uma questão científica? Há várias razões, mas um bom lugar para começar é a velho pergunta "cui bono?" Ou a atualização moderna, "Siga o dinheiro".

O alarmismo sobre clima é de grande benefício para muitos, a concessão de financiamento do governo para a pesquisa acadêmica é uma razão para as burocracias do governo crescerem. O alarmismo também oferece uma desculpa para os governos aumentarem os impostos pagos pelos contribuintes, subsídios para as empresas que entendem como funciona o sistema político e um chamariz para grandes doações a fundações de caridade promissoras para salvar o planeta. Lysenko e sua equipe viviam muito bem, e eles defenderam ferozmente o seu dogma e os privilégios que ele trouxe.

Falando por muitos cientistas e engenheiros que têm olhado com cuidado e de forma independente a ciência do clima, temos uma mensagem para qualquer candidato a cargo público: Não há nenhum argumento convincente cientificamente para medidas drásticas para "descarbonizar" a economia mundial. Mesmo que se aceite as previsões climáticas exageradas do IPCC, as agressivas políticas de controle de gases de efeito estufa não se justificam economicamente.

Um estudo recente de uma grande variedade de opções políticas feitas pelo economista de Yale, William Nordhaus, mostrou que na verdade a maior relação custo-benefício seria conseguida por uma política que permitisse mais de 50 anos de crescimento econômico sem impedimentos por controles de gases de efeito estufa. Isto seria especialmente benéfico para as partes menos desenvolvidas do mundo que gostariam de compartilhar de algumas das mesmas vantagens de bem-estar material, saúde e expectativa de vida que as partes plenamente desenvolvidas do mundo desfrutam agora. Muitas outras respostas de políticas teriam uma rentabilidade de investimento negativa. E é provável que mais CO2 e o aquecimento modesto que pode vir com ele será um benefício global para o planeta.

Se os eleitos oficialmente se sentem compelidos a "fazer algo" sobre o clima, recomendamos apoiar os cientistas excelentes que estão aumentando nossa compreensão do clima com os bem concebidos instrumentos nos satélites, nos oceanos e em terra, e na análise de dados observacionais. Quanto melhor entendermos o clima, melhor poderemos lidar com a sua natureza em constante mudança, o que tem complicado a vida humana ao longo da história. No entanto, grande parte do enorme investimento privado e do governo no clima está mal direcionado e tem necessidade urgente de uma revisão crítica.

Todos os candidatos devem apoiar medidas racionais para proteger e melhorar o nosso meio ambiente, mas não faz nenhum sentido voltar para programas caros que desviam recursos das necessidades reais e são baseados em reivindicações alarmistas, e carentes de provas "irrefutáveis".

Claude Allegre, ex-diretor do Instituto para o Estudo da Terra, Universidade de Paris;

J. Scott Armstrong, co-fundador do Journal of Forecasting e International Journal of Forecasting;  
Jan Breslow, chefe do Laboratório de Genética Bioquímica e Metabolismo, Rockefeller University;
Roger Cohen, membro da American Physical Society;
Edward David, membro da Academia Nacional de Engenharia e da Academia Nacional de Ciências;
William Happer, professor de física, Princeton;  
Michael Kelly, professor de tecnologia da Universidade de Cambridge, UK; William Kininmonth, ex diretor de pesquisas climáticas do Bureau Australiano de Meteorologia;
Richard Lindzen, professor de ciências atmosféricas do MIT;  
James McGrath, professor de química, Virginia Technical University;  
Rodney Nichols, ex-presidente e CEO da New York Academy of Sciences;  
Burt Rutan, engenheiro aeroespacial, designer da Voyager e SpaceShipOne;  
Harrison H. Schmitt, astronauta da Apollo 17 e ex-senador dos EUA;  
Nir Shaviv, professor de astrofísica, da Universidade Hebraica, em Jerusalém; 
Henk Tennekes, ex-diretor, Royal Dutch Meteorological Service;  
Antonio Zichichi , presidente da Federação Mundial de Cientistas, em Genebra.
Fonte: The Wall Street Journal

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domingo, 29 de janeiro de 2012

Filme "A separação".

Richard Jakubaszko
A apresentação do filme, nas cenas iniciais, já é criativa e um belo exemplo do que virá em sequência, durante 110 minutos de um drama humano, revelando, de um lado, o vigor do cinema iraniano, e, de outro lado, a simplicidade de uma história que prende o espectador grudado na poltrona por todo o tempo.
A cena de abertura é uma máquina xerox, mostrada pela câmara em seu lado interno, tirando cópias das identidades dos atores e principais técnicos dirigentes do filme.

O diretor, roteirista e produtor do filme, Asghar Farhadi, recebeu o Globo de Ouro, semana passada, em Los Angeles. "A separação" já havia recebido o Urso de Ouro, no Festival de Berlim, e os Ursos de Prata para Melhor Atriz e Melhor Ator, e agora está entre os indicados ao Oscar 2012 para concorrer a "melhor filme estrangeiro" e também "melhor roteiro original". Não é pouca coisa, o filme merece mais. O problema é a política internacional, mais as idiossincrasias hipócritas, sionistas e cristâs, que insistem em satanizar o mundo muçulmano.

Lamentavelmente o cenário político permeia e contamina o sucesso que o filme vem conquistando por méritos próprios. Ao receber o Globo de Ouro, Farhadi disse, em um discurso de agradecimento, "eu prefiro dizer algo sobre meu povo. Acho que eles são verdadeiros amantes da paz", e ressaltou que não teve nenhuma mensagem abertamente política.

Evitando o constrangimento do cineasta iraniano Abbas Kiarostami, que foi beijado por Catherine Deneuve quando aceitou a Palma de Ouro em Cannes em 1997, Farhadi não chegou nem mesmo a apertar a mão de Madonna, de quem recebeu o prêmio, em conformidade com a lei iraniana que proíbe contato físico entre homens e mulheres que não sejam casados.

Recomendo o filme, já o assisti, é um roteiro brilhante, desempenho interpretativo excepcional dos principais atores, e uma amostra grátis do comportamento humano dos iranianos, onde a religião está presente em quase todas as atividades, moldando o caráter das pessoas, deixando as suspeitas, espero, de que os iranianos não são o que há de mais ruim no planeta, como pinta a grande mídia e o governo americano.

Abaixo um trailer do filme:

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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O último escárnio no Pinheirinho e o refrão da banda Legião Urbana

Richard Jakubaszko
Recebi por e-mail enviado por Edgar Pera, mais conhecido como Degas, diretor de arte lá da DBO, que anda indignado com os acontecimentos deste país tupiniquim, o desafio de endossar a bronca do jurista Maierovitch nos desmandos da justiça brasileira, pois, dizia o Degas, "vai encarar"? 
Resposta do blogueiro: Pois aí está!
“QUE PAÍS É ESSE ?”
Wálter Fanganiello Maierovitch
Nos EUA, cerca de 40 estados-federados escolhem, pelo voto, os seus magistrados e os seus promotores de justiça.
Os juízes federais e os procuradores federais norte-americanos são escolhidos pelo presidente da República e entram na função depois de aprovação pelo Senado. Idem com relação aos procuradores.
O sistema tem a lógica democrática, pois o juiz é órgão do poder, cujo detentor é o povo. O sistema europeu, que me parece melhor, mistura magistrados concursados publicamente e jurados leigos.

No Brasil, os juízes são concursados, exceção aos que ingressam pelo chamado quinto-constitucional (advogados de notório saber e reputação ilibada e membros do Ministério Público), os escolhidos para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e os participantes do Tribunal do Júri, que julgam apenas os crimes dolosos contra a vida.

Mas uma coisa é certa e incontestável. Qualquer que seja o sistema — americano, europeu ou brasileiro —, um juiz, ao julgar ou dar liminares, atua como representante do povo.

Ontem, um espetáculo grotesco e inusitado foi protagonizado pelo Judiciário no chamado bairro do Pinheirinho. A juíza que concedeu reintegração — precipitadamente, pois não exauriu a via conciliatória nem exigiu dos poderes públicos uma responsável solução para alojar os despojados de suas residências — recebeu, no local e solenemente, o mandado cumprido pela tropa de choque da Polícia Militar.
Essa conduta é inusitada no Judiciário. Como regra, os mandados judiciais cumpridos são comunicados por ofício protocolado no Fórum. E os juízes os recebem pela mão do escrivão ou juntados em autos processuais.

Faltou, lógico, um fundo musical. Com a banda Legião Urbana a perguntar: Que país é esse ?
Sim, que país é esse que a Justiça, que decide em nome do cidadão, joga o povo ao léu.

Com efeito. Ontem foi concluída a reintegração na posse, determinada por ordem judicial da 6ª Vara da comarca de São José dos Campos,  no chamado bairro Pinheirinho, com 1,3 milhão de metros quadrados de área ocupada por  cerca  6 mil moradores desde 2004.
A reintegração deu-se em favor da massa falida da Selecta Comércio e Indústria S/A, uma holding administrada, até a quebra em 2004, pelo megaespeculador Naji Nahas.

Naji Nahas jamais foi condenado pela Justiça brasileira. A propósito de alguns escândalos noticiados pela imprensa, Nahas não foi responsabilizado criminalmente quando acusado de quase quebrar a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Preso preventivamente, beneficiou-se da liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes em favor do banqueiro Daniel Dantas. E também da decisão, ainda não definitiva,  do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que anulou a Operação Satiagraha: uma anulação  fundada na canhestra conclusão da participação, ainda que burocrática, de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Contra essa decisão anulatória votaram os ministros Gilson Dipp e Laurita Vaz.

Com a reintegração de posse concluída, restará prejudicado, pela perda de objetivo, o pedido feito ao Supremo Tribunal Federal (STF) de suspensão da operação militar conduzida pela tropa de choque da Polícia Militar de São Paulo e com cerca de 1.500  famílias sem ter onde ir. Mais ainda, a liminar foi indeferida pelo presidente Peluso, do STF.

Como se nota, não houve tempo oportuno para ser apreciado, em sede liminar e pelo STF, o pedido de suspensão da reintegração. Em São Paulo, a decisão foi mantida e o ministro presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) — já acusado de assédio moral a estagiário e de fazer lobby para garantir uma cadeira no STJ para a sua cunhada — entendeu não ser da Justiça federal a competência para suspender a reintegração. Essa decisão de Ari Pargendler foi dada liminarmente, quando a Polícia Militar desalojava, com bombas, balas de borrachas e cães, os moradores do Pinheirinho.

Juntamente com a ação da Polícia Militar, máquinas cuidaram da derrubada de casas de alvenaria e de madeira que abrigaram os antigos moradores e residentes há mais de 8 anos na área.

Num grotesco espetáculo mostrado pelas televisões, a juíza responsável pela decisão de reintegração compareceu ao Pinheirinho para receber, solenemente, a notícia do cumprimento do mandado judicial.

Agora a área esta pronta para ser vendida e a sobra vai para o bolso dos sócios da Selecta, ou seja, de Naji Nahas. Os créditos trabalhistas, que podem já ter sido negociados por valor irrisódio, serão quitados. Idem os especiais, que vão para os cofres da Prefeitura de São José dos Campos.

O prefeito de São José dos Campos, cuja insensibilidade chegou a ponto de não se preocupar em alojar as famílias tiradas violentamentemente do Pinheirinho, vai ter um bom caixa para promover o populismo. Enquanto isso, com o ritmo de “lesma reumática”, o governador Geraldo Alckmin afirma que cuidará de verbas para a locação de casas aos expulsos do Pinheirinho, pois não existem casas populares disponíveis. Os radicais do PSTU, que apostavam numa tragédia maior, certamente contabilizam futuros ganhos eleitorais.

Pano rápido. “QUE PAÍS É ESSE?”
Wálter Fanganiello Maierovitch

Fonte: http://maierovitch.blog.terra.com.br/2012/01/26/o-ultimo-escarnio-no-pinheiro-e-sem-refrao-da-banda-legiao-urbana/

COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO:
Que país é esse? É isso, né Alpino?



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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O secador de cabelo

Richard Jakubaszko  
Uma senhora muito distinta estava em um avião, vindo da Suíça. Vendo que estava sentada ao lado de um padre simpático, perguntou: 

- Desculpe-me, padre, posso lhe pedir um favor?

- Claro, minha filha, o que posso fazer por você?
- É que eu comprei um novo secador de cabelo, sofisticado e muito caro. Eu realmente ultrapassei os limites da declaração e estou preocupada com a     Alfândega. Será que o Senhor poderia levá-lo debaixo de sua batina?

- Claro que posso, minha filha, mas você deve saber que eu não posso mentir! 

- O Senhor tem um rosto tão honesto, Padre, que estou certa que eles não lhe farão nenhuma pergunta. E lhe deu o secador.

O avião chegou a seu destino. Quando o padre se apresentou à Alfândega, lhe perguntaram:
- Padre, o senhor tem algo a declarar?

O padre prontamente respondeu:
- Do alto da minha cabeça até a faixa na minha cintura, não tenho nada a declarar, meu filho.

Achando a resposta estranha, o fiscal da Alfândega perguntou:
- E da cintura para baixo, o que o Senhor tem?
- Eu tenho um equipamento maravilhoso, destinado ao uso doméstico, em especial para as mulheres, mas que nunca foi usado.

Caindo na risada, o fiscal exclamou:
- Pode passar, Padre! O próximooooo...

A inteligência faz a diferença.
Não é necessário mentir, basta escolher as palavras certas.

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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Ora pois, lá em Portugal é assim...

Richard Jakubaszko
Recebi de Edgar Pera, o diretor de arte lá na DBO, um eurodescendente de portugueses:

Ora pois!!! Quem entende Portugal???
Não dá para acreditar que estas advertências estão realmente escritas em embalagens de produtos vendidos em Portugal.
As advertências aos consumidores foram colecionadas em hipermercados portugueses, em duas horas apenas, por um médico brasileiro.
Todas são absolutamente verdadeiras, inclusive os nomes dos produtos.
Prepare-se:


Num secador de cabelos:
'NAO USE QUANDO ESTIVER DORMINDO'
(Sei lá, você pode querer ganhar tempo...)

Na embalagem do sabonete antisséptico Dial:
'INDICAÇÕES: UTILIZAR COMO SABONETE NORMAL'
(Boa! Cabe a cada um imaginar pra que serve um sabonete anormal)

Em pacotes de refeições congeladas Swan:
'SUGESTÃO DE USO: DESCONGELAR PRIMEIRO'

(É só sugestão, tá ok? De repente o pessoal pode estar a fim de chupá-las como picolé.)

Numa touca para a ducha:
'VÁLIDO PARA UMA CABEÇA'
(Alguém muito romântico poderia colocar a sua e a da amada na mesma touca.)

Na sobremesa Tiramisú da marca Tesco, impresso no lado de baixo da caixa:
'NÃO INVERTER A EMBALAGEM'
(Ops! Já era... Inverteu!)

No pudim da Marks & Spencer: 
'ATENÇÃO: O PUDIM ESTARÁ QUENTE DEPOIS DE AQUECIDO'
(Brilhante!)

Na embalagem do ferro de passar Rowenta, de fabricação alemã:
'NÃO ENGOMAR A ROUPA SOBRE O CORPO'

(Gostaria de conhecer a infeliz criatura que não deu ouvidos a este aviso.)

Num medicamento pediátrico contra o catarro infantil, da Boots:
'NÃO CONDUZA AUTOMÓVEIS NEM MANEJE MAQUINÁRIA PESADA DEPOIS DE TOMAR ESTE MEDICAMENTO'

(Tantos acidentes poderiam ser evitados se fosse possível manter esses travessos miúdos de 4 anos longe dos volantes dos carros e dos tratores Caterpillar)

Nas pastilhas para dormir da Nytol:
'ADVERTÊNCIA: PODE PRODUZIR SONOLÊNCIA'

(Ahhhh!!! Então não quero mais!!!).

Numa faca de cozinha:
'IMPORTANTE: MANTER LONGE DAS CRIANÇAS E ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO'

(Será que lá os cachorros e gatos são ninjas disfarçados? Nunca vi nenhum mexer em faca!)

Numa caixa de luzes para decoração de Natal:
'USAR APENAS NO INTERIOR OU NO EXTERIOR'

(Alguém pode me dizer qual é a 3ª opção?)

Nos pacotes de amendoim da Sainsbury:
'AVISO: CONTÉM AMENDOINS'

(Mania de estragar as surpresas!)

Numa serra elétrica Husqvarna, de fabricação sueca:
'NÃO TENTE DETER A SERRA COM AS MÃOS OU OS GENITAIS'

(Como assim?)

Num saquinho de batatas fritas:
'VOCÊ PODE SER O VENCEDOR. NÃO É NECESSÁRIO COMPRAR. DETALHES DENTRO'

(Sem comentários)

Numa fantasia infantil de Super-Homem:
'O USO DESSE TRAJE NÃO O TORNA APTO A VOAR'.

(Olha como isso destrói a imaginação da criança!
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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Chinês que consegue ver no escuro.

Richard Jakubaszko
Um garoto chinês, de 8 anos, tem perfeita visão noturna. Nong Youhui tem olhos azuis, fato raríssimo na China, onde a grande maioria possui olhos pretos ou muito escuros. Os olhos azuis são uma característica genética, mas o que surpreende os médicos de Dahua, no sul da China, além da visão noturna, é que seus olhos brilham na escuridão. Veja reportagem na TV chinesa, legendada em inglês.


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sábado, 21 de janeiro de 2012

Florestas Amazônicas e Boreais, e Verdades Inconvenientes

Florestas Amazônicas, Florestas Boreais e Verdades Inconvenientes para as Grandes ONGs “Ambientalistas”


Por Luiz Prado
As grandes ONGs internacionais mentem de acordo com as conveniências de seus patrocinadores, nunca informados ao público.  Mentem pelo que dizem e também pelo muito que ocultam cuidadosamente.   Mentem quando falam sobre a importância das florestas amazônicas para as emissões de carbono e sonegam informações sobre as florestas boreais. Elas sabem que essas florestas situam-se  em países que não as levam a sério: os escandinavos e os EUA, o Canadá e a Rússia (sempre logo abaixo do Ártico).
A estocagem de carbono por florestas não é relevante num mundo em que a produção de combustíveis fósseis tende a se elevar rapidamente.  Nem que todas as áreas agrícolas do planeta fossem reflorestadas, o carbono emitido pela queima de combustíveis fósseis seria capturado. As autoridades dos países sérios sabem disso. Mas sempre é bom dizer que as florestas boreais estocam muito mais carbono por unidades de área do que as florestas tropicas!

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As verdades jogadas para baixo do tapete pelas grandes ONGs que licenciam franchises em outros países, como WWF e Greenpeace, salta mais aos olhos quando a NASA vem a público para mostrar imagens do que está sendo feito com as florestas boreais do Canadá. E, o que é pior, para extrair um combustível fóssil extremamente sujo – muito mais sujo do que o petróleo – conhecido como areais betuminosas (tar sands em inglês).  Na página da NASA sobre a extração de areias betuminosas – ou asfalto – no Canadá, é possível ver o rápido avanço dos estragos entre 1984 e 2011 movendo o cursor nos pontos logo abaixo da imagem. Essa é apenas uma das muitas áreas de extração desse petróleo ultra-sujo nesse país que se retirou recentemente do protocolo de Kyoto.

Hoje, as grandes empresas de petróleo do mundo aceitam que as reservas contidas nas areias betuminosas do Canadá – 173 bilhões de barris de petróleo – só são superadas pelas da Arábia Saudita. Também há imensas reservas desse tipo de betume no Vale do Orinoco, na Venezuela – talvez superiores às do Canadá. Com o atual ritmo de concessões, projeta-se a remoção de até 145 mil quilômetros quadrados de florestas boreais para a extração de areais betuminosas. Nada mal! Até 2011, apenas cerca de 663 quilômetros quadrados haviam sido atingidos por esse tipo de mineração.
A NASA ressalta que o processo de extração de petróleo dessas reservas no Canadá requer tanto a mineração de superfície quanto quanto a extração das areias a até 80 metros de profundidade. É necessária a extração de duas toneladas de areia para produzir um barril de petróleo, usando imensas quantidades de água que depois fica estocada em reservatórios (visíveis nas imagens).

“Legalmente, as companhias devem restaurar as áreas depois que terminam de minerá-las.  Na série de imagens, os reservatórios de água foram gradualmente drenados e preenchidos a partir de 1967 (início das operações).  Embora as empresas mineradoras tenham plantado variedades de grama nos locais, as imagens não mostram qualquer sinal de crescimento vegetal nessas áreas (recuperadas) até 2011.”

Bingo!  A imprensa sempre engole fácil as notícias sobre o desmatamento na Amazônia, que acaba servindo para encobrir o que é de interesse das grandes petroleiras, bem como do Canadá e… dos EUA.

De fato, o Canadá já é, hoje, o maior fornecedor individual de petróleo dos EUA!  E logo será aprovado um projeto para a construção de 3.500 quilômetros de oleoduto (numa primeira fase)para o transporte de areias betuminosas diluídas de Alberta, no Canadá, até refinarias norte-americanas.  O compromisso de Obama para com as energias renováveis foi engolido pelas razões de “segurança energética”! Que político se posicionaria contra tal segurança para os cidadãos dos EUA, responsáveis pelo mais alto consumo per capita de petróleo no mundo?

E, como se não bastasse, o Ministro dos Recursos Naturais do Canadá (equivalente ao nosso Ministério do Meio Ambiente) divulgou há dias uma carta acusando organizações estrangeiras radicais e celebridades da mídia de “tentarem sequestrar o governo”.

“Eles usam fundos de grupos de interesse estrangeiros para enfraquecer os interesses econômicos nacionais do Canadá.  Eles atraem celebridades da mídia que tem algumas das mais elevadas pegadas carbônicas do mundo para dizer aos canadenses para não desenvolverem os seus recursos naturais. (…) O objetivo deles é paralisar qualquer grande projeto, não importando o custo para as famílias canadenses que perdem empregos e crescimento econômico. Nenhuma extração de florestas. Nenhuma mineração. Nenhum petróleo. Nenhum gás. Basta de hidrelétricas.” – atacou o ministro Joe Oliver numa carta-aberta aos cidadãos.

Alguém, sinceramente, tem dúvida sobre quem vencerá essa disputa entre a destruição das floresta boreais para a produção de um combustível que é entre 10% e 45% mais poluente do que o petróleo convencional em termos de emissões de carbono, de um lado, e os clamores da sociedade norte-americana e canadense por mais empregos e mais consumo?
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Na Venezuela,  espertamente, a coalizão entre petroleiras e governo optou pela designação “petróleo extra-pesado”.  Tanto no Canadá quanto na Venezuela, as concessões às grandes petroleiras já foram feitas e a produção tende a crescer rapidamente nos próximos anos.
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Um vídeo sobre os impactos da extração de areias betuminosas produzido por grupos ambientalistas sérios como o Environmental Defence contém imagens e informações interessantes.  Numa verdadeira guerra de informações, a Associação Canadense de Produtores de Petróleo reagiu com outra peça publicitária.
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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Kassab fecha acordo com PT

Richard Jakubaszko
Alegria nas primeiras horas do dia, antes que comece o fim de semana: Gilberto Kassab (PSB) fecha acordo com o PT de São Paulo, conforme circula na blogosfera bem humorada (saiu no Estadão...):

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Sapatos femininos, from Israel.

Richard Jakubaszko
O design israelense anda desafiando a criatividade, e alguns caminhos inovadores mostram que há espaço para o talento ser explorado. Existem alguns, digamos, exóticos, e outros diferenciados. Vejam as fotos:




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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Para quem confia em Deus

Richard Jakubaszko
Mensagem apenas para quem confia (ou não) em Deus, independentemente de qualquer religião ou tipo de fé:


Abaixo a curiosa história de Nick Vujicic:

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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Triturador de corruptos, tucanos e juízes.

Richard Jakubaszko
A máquina perfeita. Tritura tudo, de geladeiras a pneus radiais de motoniveladoras. Não deixa rastros. Perfeita para eliminar da face da terra corruptos e corruptores, juízes e tucanos idem, alguns petistas e peemedebistas, mais alguns ambientalistas e outro tanto de jornalistas.
Só tem de tomar cuidado depois, com o que se vai produzir, na reciclagem, usando essas matérias primas, só pode dar porcaria...

domingo, 15 de janeiro de 2012

Wonderful world, by BBC.

Richard Jakubaszko
Enviado por Silvia Nishikawa, a mensagem da BBC de fim-de-ano. Linda e mágica, como a vida, como o planeta.

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sábado, 14 de janeiro de 2012

Inesquecíveis canções XVII: Edith Piaf.

Richard Jakubaszko
A pequena (mignon) Edith Piaf (1915-1963) reinou na sua França e no mundo, nos anos 1930 a 1960. Algumas de suas geniais interpretações são inigualáveis, marcas registradas da paixão, da emoção e do talento. Aos jovens e contemporâneos as letras podem parecer piegas, mas esse era o tom e o clima da época. Piaf teve uma dramática história de vida, desde criança, e, quando adulta, cheia de amores erráticos, alguns trágicos. Daí, a baixinha era um nervo exposto... 
Piaf é um apelido (seu sobrenome era Gassion), coloquial e simpático aos pardais cantores, e que significa "pequeno pardal".
Edith Piaf morreu com 48 anos, após sofrer muitos anos com uma artrite infecciosa, que a obrigava a tornar morfina. Está sepultada no mais célebre cemitério parisiense, o Père-Lachaise. Seu funeral foi acompanhado por uma multidão poucas vezes vista na capital francesa. Hoje, o seu túmulo é um dos mais visitados por turistas do mundo inteiro.
Como curiosidade: Charles Aznavour foi seu secretário, assistente, chofer e confidente, lá nos anos 1950.
  
Non, Je ne regrette rien



Hino ao amor (Hymne à l'Amour) - (legendado)



La vie en Rose (legendado)

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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Homem dirigiu o mesmo carro por 82 anos

Richard Jakubaszko
Homem dirigiu o mesmo carro por 82 anos.
Dá para imaginar, ter o mesmo carro por 82 anos?
Pois Silvia Nishikawa, da Tris Agronegócios, lá do cerrado de São Gotardo, MG, agricultora e colecionadora de carros antigos, mandou a história abaixo.

"Há quanto tempo você dirige o seu carro atual?"
Mr. Allen Swift, Springfield, MA, recebeu este Rolls-Royce Picadilly Roadster ano 1928 P1 de seu pai, como presente de formatura, em 1928.
Ele o dirigiu até sua morte, no ano passado... com a idade de 102 anos!
Ele era o proprietário mais antigo de um carro que foi comprado novo.

Você gostaria de vê-lo? Foi doado a um museu de Springfield depois de sua morte.
O carro rodou 1.070 mil milhas (1 milha = 1,6 km), o motor ainda funciona como um relógio suíço, baixo ruido em qualquer velocidade, e está em perfeitas condições (82 anos). Rodou cerca de 1.712.000 km (20.878 km por ano).

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Pescaria assim, é covardia...

Richard Jakubaszko
No vídeo o visitante do blog pode perceber que nem todas as histórias de pescadores são covardias ou mentiras. Só vendo pra acreditar. E isto é Brasil...

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domingo, 8 de janeiro de 2012

O Poder na Agricultura

Richard Jakubaszko
Recebi por e-mail do engenheiro agrônomo Fernando Penteado Cardoso:

Caro Richard,
aconteceu na Inglaterra, na primeira semana do ano novo, o importante evento da Oxford Farmers Conference, para a qual prepararam um relatório de nome O Poder na Agricultura (Power in Agriculture).
Nesse relato consta interessante avaliação do mencionado poder dos vários países, ou seu conjunto, incluindo o Brasil. Abaixo a tradução do quadro.
O relatório completo bem como as inúmeras apresentações estão no site www.ofc.org.uk
Grande abraço
Cardoso


OXFORD  FARMING  CONFERENCE
Estou anexando para conhecimento do amigo recorte do Guardian de Londres com notícia sobre o Oxford Farming Conference.
Enquanto lá os produtores se rebelam e se opõem a manter improdutivos 7% de suas fazendas, por aqui acatamos, sem discutir, o impedimento de cultivar até 80% das nossas  propriedades (Parecer Aldo Rebelo).
Afinal, a quem tememos? As ONGs internacionais? A opinião pública? A mídia canhestra? Os ambientalistas de gabinete? Os políticos? O governo? A polícia?
Vale uma reflexão.
Fernando Penteado Cardoso

National Farmers Union president warning:
The NFU (National Farmers Union) president, Peter Kendall, told the Guardian: "If you take 5% of my farm out of production it would be like closing down a factory for two and a half weeks a year. We'll lose out financially ... that will mean less export, less to put into processing, [and] less work, all at the time we want to be putting all the emphasis we can on the economy."
No new money was expected to be available to pay farmers for the loss of income from crops”, Kendall said.

Índice do Poder Agrícola Regional (Pontos de 1 a 5) 
Fatores       UE27   EUA   Brasil  Rússia  China Australásia   Japão   GB
Comércio      4.5     5.0      2.0      3.0        3.0      2.5        2.5     3.0
Indústria      5.0     5.0     1.0      1.0        2.0       2.0        3.0     3.0
Política          5.0    5.0      1.0      3.0        2.0      1.0        4.0     4.0
Natureza      3.5    4.0      3.3      3.5        4.5       3.3        1.5     2.0
Minerais        1.3    2.5      2.3      4.3        3.3       1.0        0.0     1.0
TOTAL          19.3   21.5    9.5    14.8     14.8     9.8      11.0    13.0

Fonte: Oxford Farming Conf.-Jan.2012  -  www.ofc.org.uk

US and European dominance in farming under threat, report warns
Call for significant increase in UK food production to counter threat of losing influence at global level
•    Juliette Jowit
•    guardian.co.uk, Wednesday 4 January 2012 06.30 GMT 


Britain has 'some of the most productive farms in the world'. Photograph: David Bagnall / Alamy




The dominance of the US and Europe in global food and farming is under threat from their lack of natural resources and the rising power of China, Russia and Brazil, finds a major report published on Wednesday.
The report, commissioned by UK farming leaders, finds British agriculture vulnerable to the same trends and calls for a "significant" increase in output to counter the threat of losing influence at a global level.

 
However, the call for more productivity will be greeted with caution by critics who fear that farmers will use the study to put pressure on the coalition government to cut back on regulations to protect the environment and consumers.

 
The report, Power in Agriculture, produced a global power index suggesting that the US was still the biggest player in the global industry, followed closely by the EU. They were followed by China and Russia, and just behind them the UK. This trio was tailed by Japan, Australasia and Brazil. The index was based on data from, among others, the World Trade Organisation, the US department for agriculture, and the United Nations.

 
The report's authors, the Scottish Agricultural College, said the UK's continuing "power" was thanks to continuing political influence and strong export and import markets, but was threatened by poor natural and mineral resources. Instead the country needs "significantly more productivity" to keep its place at the top table, says the report, commissioned by the Oxford Farming Conference, which opened on Tuesday and represents major farming lobby groups and agri-business.

 
Cedric Porter, chairman of this year's annual conference in Oxford, said among the changes suggested were a review of current proposals for 7% of each farm to be "set aside" for nature rather than farmed with ploughs and chemicals, and for farms to plant at least three crops each to break up huge monocultures which discourage the variety of species needed for healthy ecosystems. Farmers believe the proposals do not accurately reflect how environmentally friendly they are.
Porter also supported a review of farming regulations under way by the Department for Environment, Food and Rural Affairs to get rid of "too much red tape".

 
"If we're taking public money there's an obligation to spend that in a way that's sensitive and caring for the environment, but it's getting that balance right," Porter told the Guardian.

 
Porter also challenged criticisms that the industry was trying to free itself from important protections for wildlife, soil and water, pointing out that British farmers have improved land management in recent years and now operate to some of the highest standards of animal welfare in the world. Britain also has "some of the most productive farms in the world", he said.

 
"Part of the drive is economics," said Porter, citing the high world prices for fertilisers, fuel and feed for livestock, as well as growing concern about lack of water in future.

 
Although some concerns about "red tape" will be met with sympathy, critics have previously warned of a "bonfire" of regulations to protect the environment if farmers' demands are met, including calls for ending restrictions on removing hedgerows and for a farming-owned organisation to police compliance with regulations.

 
Mary Creagh, the shadow environment secretary, said: "British farming is a resilient sector but it needs support from the Government to compete on the world stage. We will not create jobs and growth by engaging in a race to the bottom for environmental protection or lowering standards." On Wednesday she is expected to say that technology – including satellites and nano technology – are essential to improve both productivity and sustainability.

 
Caroline Spelman, the environment secretary, who is due to talk at the conference on Thursday, responded to the new report, in a similar vein, saying: "It's clear that British food and farming already punches above its weight and with more and more mouths to feed in the world with a growing population, the industry's going to have huge opportunities to export high quality British products to emerging markets.

 
"But we can't be complacent and need to remain competitive, which is why we're working alongside the industry to keep technology and innovation at the forefront of British agriculture.
 
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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Quando banqueiros se tornam gangsteres

por Mauro Santayana
Primeiro ministro da França entre l988 e 1991, Michel Rocard é homem respeitável em seu país. Ele, e um economista mais moço, Pierre Larrouturou, publicaram, segunda-feira, em Le Monde, artigo baseado em fontes americanas sobre os empréstimos concedidos pelo Tesouro dos Estados Unidos aos bancos, em 2008. De acordo com as denúncias – feitas pela agência de informações econômicas Bloomberg – os juros cobrados pelo FED aos bancos e seguradoras foram de apenas 0,01% ao ano, enquanto os bancos estão emprestando aos Estados europeus em dificuldades a juros de 6% a 9% ao ano – de seiscentas a 900 vezes mais. De acordo com as denúncias da Bloomberg, retomadas por Rocard e Larrouturou, o montante do socorro por Bush e Henry Paulson, seu secretário do Tesouro, aos banqueiros, chegou a um trilhão e duzentos bilhões de dólares, em operações secretas.
 
O artigo cita a cáustica conclusão de Roosevelt, durante sua luta para salvar os Estados Unidos depois da irresponsabilidade criminosa dos especuladores que haviam provocado a Grande Depressão: um governo dirigido pelo dinheiro organizado é igual a um governo dirigido pelo crime organizado.
 
Dentro do raciocínio de Roosevelt, podemos comparar a carreira de Henry Paulson à de qualquer grande boss de Chicago ou de Nova Iorque no crime organizado. Desde 1974 – quando tinha 28 anos – Paulson tem servido ao Goldman Sachs, a cuja presidência chegou em 1999. Nos sete anos seguintes, ele consolidou a posição do banco em sua atuação internacional – e foi convocado por Bush para ocupar a Secretaria do Tesouro dos Estados Unidos em 2006. Poucos dias antes, ele deixou a presidência do banco, e preferiu converter a indenização a que teria direito (o famoso bônus), em participação acionária. Isso o manteve ligado, por interesse próprio, aos destinos do banco.
 
Uma das primeiras firmas a serem beneficiadas pela ajuda do Tesouro, por decisão de Paulson, durante a crise de 2008, foi a AIG – a maior seguradora norte-americana – com cerca de 80 bilhões de dólares. Ocorre que o principal credor da AIG, era o Goldman Sachs, que desse dinheiro, recebeu quase 30 bilhões, logo em seguida.
 
O Goldman foi multado, em julho de 2010, pela SEC (Securities and Exchanche Commission) por fraude, em 550 milhões de dólares, por ter atuado de má fé na questão das operações com papéis da dívida imobiliária. E são ex-diretores do Goldman Sachs (provavelmente ainda grandes acionistas do banco, como é o caso de Henry Paulson) que se encontram agora no controle do Banco Central Europeu (Mario Draghi), na chefia dos governos da Itália (Mario Monti) e da Grécia (Lucas Papademos). O que farão esses interventores do Goldman Sachs, no controle das finanças européias, a não ser defender os interesses dos bancos – e seus lucros fraudulentos? Se Roosevelt fosse vivo, naturalmente estaria pensando em sua advertência dos anos 30.
 
É brutal a semelhança entre a situação atual e a de 1929. Ao analisar os fatos daquele tempo, John Galbraight disse que “o outono de 1929 foi, talvez, a primeira ocasião em que os homens tiveram, em grande escala, a capacidade de enganar a si mesmos”. A escala do auto-engano parece ser ainda maior em nossos dias. Rocard lembra a observação de Paul Krugman, de que a Europa entrou em uma “espiral da morte” – mas não é apenas a Europa que corre esse risco.
 
Assim podemos explicar a advertência de Edgar Morin – também citada por Rocard – de que a civilização ocidental está entre a metamorfose e a morte. “O capitalismo sem regras é o suicídio da civilização”, como afirmam Morin e Stephane Hessel, em seu livro recente “Le Chemin de l’espérance”.
 
O ex-premier Rocard registra, em seu artigo de Le Monde, que as dívidas dos países europeus para com os grandes bancos são antigas, e sua solução não é difícil. Se o Tesouro americano foi capaz de emprestar a 0,01 aos bancos fraudadores e irresponsáveis, o Banco Central Europeu poderia emprestar, com as mesmas taxas, a instituições nacionais européias – seu estatuto veda o empréstimo direto aos estados-membros – como os bancos estatais de fomento e caixas econômicas. Essas instituições repassariam as somas aos estados, cobrando-lhes juros em dobro – a 0,02% ao ano. Se prevalecesse a razão e a ética, estaria resolvido o problema europeu da dívida pública.
 
Registre-se, no entanto, que o lema do Goldman Sachs, creditado a um de seus antigos controladores, Gus Levy, nos anos 50, é auto-elucidativo: “long-term greedy”, ganância a longo prazo. O fato singelo é o de que, em tempos de crise – como disse Keynes em 1937, e Krugman relembrou também em texto recente – não cabe a austeridade, com corte de gastos sociais e de infraestrutura, mas, sim, é preciso investir e criar empregos. Os governantes de hoje, em sua maioria, não servem a seus povos, e em razão disso, desprezam pensadores como Keynes. Estão a serviço de grandes corporações, dirigidas por fraudadores, como os banqueiros do Goldman Sachs.
 
Talvez tenhamos que ir mais adiante ainda – e seguir o conselho de Morin: para não perecer, a civilização ocidental terá que sofrer a metamorfose necessária, encasular-se na razão e, nela, criar asas para o vôo.
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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O azulejo de Toledo, Espanha.

Richard Jakubaszko
Esta foto me foi enviada por Carlos M. Wallau, lá de Porto Alegre, e mostra o que o povo pensa a respeito das coisas da vida. Lá na Espanha, em Toledo, não é diferente de cá, e o azulejo de Toledo tornou-se conhecido mundialmente.
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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Ti lascio una canzone 2011

Richard Jakubaszko
Encerrou-se na primeira semana de dezembro a curtíssima série de programas da versão 2011 deste programa de TV italiano, produzido pela RAI - Rádio e TV Italiana. Foram 5 ou 6 programas apenas.
Se, na versão 2010, também transmitida para o Brasil, rasguei elogios, joguei confetes e bati palmas, agora, lamentavelmente tenho a criticar de forma contundente a amadorística edição exibida no Brasil. Transmitiu-se aqui no Brasil uma versão mal editada, entrecortada, sem sequências, e sem apresentar as melhores performances dos artistas mirins.

Afora isso, para um programa que é dirigido para toda a família, o horário era impróprio, visto que entrava no ar a partir de 23:00 horas de segundas-feiras (quando não atrasava...), indo terminar depois de 02:30 horas da madrugada... Em 2010 o programa era exibido às sextas-feiras, a partir de 21:30 horas, sempre pontualmente. E foram ao ar mais de 15 programas. Desta feita, desandou, nenhum respeito. Pior, há uma enganação ao telespectador, visto que, para se receber o sinal da RAI pela TV a cabo, paga-se muito caro, sem o retorno de, no mínimo, profissionalismo. Imagino que toda esta trapalhada seja reflexo dos problemas econômicos e políticos da Itália, inclusive a merecida queda do poder de Silvio Berlusconi, um bufoni.

Abaixo mostro em vídeo Maria Cristina Craciun, 11 anos, uma talentosa cantorinha romena, ganhadora do Prêmio do Juri, pelas notáveis interpretações, tanto em performance técnica como emocional. Pois Maria Cristina sumiu do programa na versão 2011, reeditada e exibida aos brasileiros como se fosse um enlatado. 
Capturei no Youtube a exibição de La vie en Rose, e deixo aos leitores do blog um momento de deleite celestial.

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